Características Funcionais e de Profissionalização de Atletas de Voleibol das Categorias Infanto-juvenil e Juvenil no Brasil
Por Felipe Goedert Mendes (Autor), Edison Roberto de Souza (Autor), Ana Flávia Backes (Autor).
Em XX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VII CONICE - CONBRACE
Resumo
INTRODUÇÃO
A formação esportiva de uma atleta é algo a ser trabalhado longitudinalmente, ou seja, a longo prazo (WALL; CÔTÉ, 2007; BETTEGA et al, 2015). Nesse processo, crianças e jovens são protagonistas de suas são influenciadas por características como os clubes na qual o atleta atuou (CÔTÉ; TURNNIDGE; EVANS, 2015), a existência ou não de especialização funcional do jovem (MILISTETD et al, 2010), Teve como objetivo identificar as características funcionais e de profissionalização de atletas de voleibol das categorias infanto-juvenil e juvenil no Brasil. Este trabalho utilizou-se como base teórica o Modelo de Desenvolvimento da Participação Desportiva (DMPD) (CÔTÉ, 1999). Assim, auxiliará instituições de fomento de voleibol com informações acerca das informações pertinentes da formação de atletas no Brasil.
METODOLOGIA
Este trabalho retrospectivo, descritivo-exploratório de cunho quantitativo contou com 78 atletas do sexo masculino das categorias de infanto-juvenil e juvenil de clubes de voleibol brasileiro. Para isto, foi utilizado como instrumento de obtenção de dados o questionário desenvolvido especialmente para esse estudo, na qual por meio deste, coletou-se as informações acerca da categoria atuante, quantos clubes já atuou, quais funções já exerceu e sua atual função. Os dados foram analisados por meio de uma análise descritiva (Valores absolutos e relativos) com o auxílio do Software Statistical Package for Social Sciences TM (SPSS 21.0).
RESULTDOS E DISCUSSÃO
Ao apresentar características funcionais e de profissionalização de atletas de voleibol das categorias de formação de clubes brasileiros, viu-se que 57% (n=45) são da categoria juvenil, enquanto 43% (n=33) são da categoria infanto-juvenil, com uma maior incidência nos que atuaram no máximo em dois clubes, resultando em 73,8% (n=57), enquanto 26,2 % (n=21), ou seja, os demais participantes atuaram em mais de dois clubes foram identificados de seguinte forma: 23, 08% (n=18) em 3 clubes; 2,56 (n=2) em 4 times e apenas 1,28 (n=1) em 5 equipes. Ao verificar por quantidade de funções já atuadas, encontrou-se 53% (n=42) atletas tiveram até duas funções diferentes, na qual reflete uma possível especialização funcional que pode ser considerado um procedimento negativo para a formação esportiva (SANTANA, 2008). Os participantes, referente à atual posição, mostraram-se, em maioria, ter como função serem pontas (28,21%), mesmo número para os meio-de-rede, seguidos pelos levantadores (20,51%), Saída/Oposto (12,82%), e, por fim, o líbero (10,26%).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, o estudo identificou os atletas são encontrados de forma similar entre as principais categorias de formação (infanto-juvenil e juvenil), na qual atuaram por 2 clubes, tendo atuado em 2 posições diferentes e, atualmente, como ponteiros e meio-de-rede. Assim, aponta-se as características funcionais e de profissionalização de atletas de voleibol das categorias infanto-juvenil e juvenil no Brasil.