Resumo

O presente estudo teve como objetivo caracterizar o ataque do jogador oposto no Voleibol feminino de elite em função do complexo do jogo, do tempo de ataque e do efeito do ataque e diferenciar a ação deste jogador em função da zona de ataque (zona 2 e zona 1, pertencentes, respectivamente, ao ataque da rede e do fundo). A amostra foi composta por 437 ações de ataque do jogador oposto, de seis jogos femininos das Olimpíadas de 2004. Foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, nomeadamente, o Qui-quadrado e o teste de Monte Carlo. As observações cumpriram os requisitos de fiabilidade para serem utilizadas como ferramenta científica, tanto pela percentagem de acordos, como pela estatística Kappa de Cohen. O presente estudo demonstrou que o oposto participa de ações ofensivas rápidas ao aplicar preferencialmente o 2o. tempo de ataque (70%). Todavia, pontua mais no ataque rápido integrado no “sideout”, contrariamente à transição, onde desenvolve um ataque mais lento, sendo dominante o efeito de continuidade. As duas zonas de ataque, onde o oposto atua, têm funções claramente distintas, já que, enquanto a zona 2 é utilizada para potenciar o ataque (maior solicitação no “side-out”, 60,4%, ataque mais rápido, 71,2% de 2o. tempo e 17,6% de 1o. tempo, e maior efeito de ponto, 46%) a zona 1 constitui uma solução de recurso (maior incidência na transição, 60,3%, ataque mais lento, 34,6% de 3o. tempo e 0% de 1o. tempo, e maior efeito de continuidade, 57,7%). Este estudo evidencia que a eficácia do ataque do oposto está relacionada com o complexo de jogo e com a velocidade do levantamento, sendo a zona 1 mais uma solução de recurso, do que uma opção de ataque, no Voleibol feminino de elite. UNITERMOS: Análise do jogo; Voleibol; Elite; Ataque; Jogador oposto.

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