Resumo

O propósito deste estudo foi analisar o comportamento da frequência cardíaca (FC) versus a carga de trabalho crescente (CTC) em teste de esteira, utilizando três modelos matemáticos (linear, linear com dois segmentos de reta e sigmóide) e verificar qual o melhor modelo que possibilita a identificação de um limiar de FC que pudesse servir de preditor para os limiares ventilatórios (LV1 e LV2). Vinte e dois homens realizaram um teste incremental (re-teste: n=12), com velocidade inicial de 5,5 km.h-1 e incrementos de 0,5 km.h-1 a cada minuto, até a exaustão. Medidas contínuas de FC e trocas gasosas foram convertidas para médias de 5 e 20 segundos. Somatória dos resíduos quadrados e quadrado médio do erro foram usados para verificar o melhor ajuste. A relação FC/CTC foi melhor representada pelo modelo Lin2 no grupo teste e re-teste (p<0,05). Foi possível identificar um ponto de deflexão de FC, utilizando o modelo Lin2 (limiar de FC) em todos os indivíduos no teste (164 ± 16,6 bpm; 83,6% FCMÁX) e no re-teste (162 ± 20,0 bpm; 83,9% FCMÁX). O limiar de FC (Lin2PDFC) ocorreu a 9,2 ± 1,3 km.h-1 (67,9% VelMÁX) e foi menor que o LV2 (LV2= 10,6 ± 1,5 km.h-1; 77,3% VelMÁX; p< 0,05), mas não diferente de LV1 (8,4 ± 1,2 km.h-1; 61,6% VelMÁX; p> 0,05). Durante teste incremental em esteira, a relação FC/CTC parece ser bem descrita por uma função linear com 2 segmentos de reta, a qual permite a determinação de um limiar de FC que se aproxima do LV1.

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