Resumo

No Basquetebol actual, o coordenador técnico tem uma impor-tância estratégica na planificação, ao estabelecer objectivos e decidindo como os concretizar, o que implica sistematização e antecipação do futuro em todo o processo. A sua actividade no planeamento estratégico, enquanto planeamento estruturante, é fulcral, na competitividade e desenvolvimento sustentável do clube, pois, permite definir a direcção das organizações em sen-do mais lato e no longo prazo, estabelecendo objectivos abrangentes e posicionando a organização no ambiente em que opera. Assim, o objectivo principal deste estudo foi caracterizar a actividade desenvolvida pelos coordenadores técnicos nos clu- bes de Basquetebol pertencentes à Associação de Basquetebol de Aveiro, numa visão dinâmica e prospectiva da sua interven- ção enquanto gestor profissional, ficando-se a conhecer o seu papel no processo de recrutamento e formação de treinadores e jogadores, e a forma de cooperação entre estes e o Director Técnico Regional. Para responder aos problemas e objectivos do estudo, concebemos um modelo de análise que incidiu sobre uma amostra de vinte e um clubes de Basquetebol, relativa a vinte e um coordenadores técnicos. A recolha dos dados foi realizada através da análise documental e de um questionário aplicado em entrevista (n=21). O tratamento foi possível atra- vés do registo e codificação dos dados para o software SPSS e com base na análise estatística descritiva e de conteúdo. Os resultados desta investigação permitiram-nos constatar uma grande heterogeneidade nos clubes, podendo até existir mais do que um coordenador técnico, existindo até mesmo alguns casos, quem não apresente este elemento por apenas possuí- rem uma equipa. Os coordenadores técnicos são maioritaria- mente do sexo masculino e bastante jovens, possuindo simulta- neamente um elevado grau de formação académico e específico em basquetebol. Apesar dos coordenadores técnicos estarem ligados à modalidade há muitos anos, só recentemente passa- ram a exercer essa função específica, onde encontramos um conjunto algo homogéneo de tarefas, variáveis de acordo com as crenças e filosofia dos clubes. Por último, o Director Técnico Regional estabelece com estes contactos informais, não existin- do uma cooperação efectiva.

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