Resumo
A canoagem havaiana é um esporte que cresce em número de adeptos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Em estudos levantados nesta população pode-se encontrar elevado número de relatos de lesões com dois focos principais: ombros e lombar. Estudos anteriores relacionaram a mecânica e a fadiga como possíveis fatores para incidência de lesão, sugerindo que remadores de distâncias mais longas estão mais expostos às lesões. Este projeto visa responder: (i) A caracterização do remador de canoa havaiana brasileiro, sua experiência com a modalidade e quais as lesõesmais comuns as quais o remador de canoa havaiana brasileiro se expõe e quais as estratégias de tratamento; (ii) Caracterizar e analisar o comportamento do remador de canoa havaiana submetido a dois protocolos, sendo: (A) um teste incremental e (B) um teste de performance de 10 quilômetros. Participaram do estudo (i) 100 indivíduosde ambos os sexos com mais de um ano de experiência na modalidade. Já no estudo(ii ) participaram 12 indivíduos do sexo masculino, com mínimo de dois anos de prática no esporte, dois treinos por semana e alto nível competitivo. O estudo (i) ocorreu de maneira Online a fim de rastrear uma parcela maior da população, sem elevar o custo operacional da pesquisa. Já o estudo (ii) foi realizado no Laboratório de Pesquisas em Biomecânicas do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Os dados levantados no estudo (i) mostraram uma incidência de lesão predominante nos ombros e na lombar destes remadores, sem diferença estatística entre homens e mulheres, tempo de prática em anos (4,66±2,83), horas por semana (5,62±3,68) e treinos por semana (3,61±1,38), as modalidades de treinos complementares mais frequentes foram musculação, treinamento funcional, bicicleta e corrida. Grande parte dos atletas relataram participar de competições 71% da amostra, ainda, 46% dos remadores relataram já ter tido lesões e 82% da amostra buscou tratamento, que nesete sentido mostro-se superior a média encontrada em outros estudos. Já no artigo (ii) no teste incremental a potência máxima média foi de 107,21(12,98) W, enquanto no teste de performance 79,56(12,77), outro dado relevante foi que no teste performance os remadores permanesceram com a potencia média do teste muito próximo aos valores encontrados no teste incremental 67,00(7,13) no incremental e 68,71(6,28) no teste de performance, em relação ao lactato sanguíneo os remadores permanesceram acima da potencia inferida no segundo limiar de lactato do teste incremental, e ainda, em relação aos daods cinemáticos os remadores tiveram modificação dos padrões de movimento em relação direta ao incremento metabólico da atividade.
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