Resumo

A dissertação tem por objetivo central caracterizar, através de parâmetros biomecânicos e fisiológicos, a corrida de intensidade supramáxima intermitente em situação de fadiga, e o possível efeito da suplementação com creatina sobre esses parâmetros. Para a indução da fadiga, 8 atletas voluntários (16,3 ± 0,5 anos de idade; 1,78 ± 0,059 m de altura, 70,7 ± 4,16 kg de massa) realizaram teste intermitente (i.e. 5 séries de corrida) com carga constante (i.e. 120% da vVo2max -10% de inclinação da esteira) até a exaustão. Logo ao início da primeira série de corrida realizaram-se coletas da Força de Reação do Solo, do sinal eletromiográfico, da frequência cardíaca e da percepção de esforço. Nas séries 2, 3, 4 e 5 tais parâmetros foram novamente coletados em condição de iminente impossibilidade em manter o exercício. Foram realizadas coletas da concentração de lactato antes das 5 séries de corrida, imediatamente após, e depois de 3 e 5min de descanso. Os voluntários realizaram o protocolo de indução de fadiga em três ocasiões distintas: sem suplementação, com placebo, com suplementação de monoidrato de creatina, seguindo o modelo cross-over, uni-cego. Os resultados apontam para uma clara tendência de aumento da carga externa na situação de fadiga, associada a um consistente aumento da pré-atividade muscular. Provavelmente em função das características do protocolo, observou-se que a maioria dos músculos estudados evidenciou uma tendência de redução na intensidade recrutamento muscular durante a fase de apoio em resposta à fadiga. Observou-se, ainda, uma clara tendência de redução da freqüência mediana para os músculos extensores e flexores da coxa em decorrência da fadiga. Ainda que o efeito da suplementação de creatina sobre os parâmetros eletromiográficos não tenha sido claro, observou-se uma significativa redução da sobrecarga mecânica induzida pelas forças externas em resposta a esta suplementação

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