Carga Física da Dança Esportiva em Cadeira de Rodas
Por Otávio Rodrigues de Paula (Autor), João Carlos Bouzas Marins (Autor), Carolina Lessa Cataldi (Autor), Eliana Lucia Ferreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 19, n 1, 2011. Da página 11 a 19
Resumo
A Dança Esportiva em Cadeira de Rodas (DECR) é uma modalidade esportiva adaptada da dança de salão praticada no Brasil desde 2001, porém, não há estudos que abordem as respostas fisiológicas ao esforço que os atletas/dançarinos se submetem numa competição de DECR. Objetivos: verificar o comportamento da freqüência cardíaca (FC) de dançarinos cadeirantes durante uma competição de DECR, comparar a carga física entre as rodadas e a resposta cardíaca específica entre as danças Samba, Rumba e Jive, além de comparar a freqüência cardíaca máxima de pico (FCMpico) obtida pelos atletas durante toda competição, frente a freqüência cardíaca máxima calculada (FCMcal=200-idade) prevista pela idade. Métodos: foi analisada a FC de nove atletas cadeirantes (5 mulheres e 4 homens; 34,6 ± 10,5 anos) que competiram durante o VII Campeonato Brasileiro de DECR, utilizando um conjunto de cardiofreqüencímetros. Resultados: a representação gráfica da curva da FC demonstrou-se compatível com atividade física intermitente, a média da carga física das rodadas foi de 89,9%FC pico não havendo diferença significativa entre as mesmas. Em relação aos estilos de dança, houve diferença significativa de intensidade, sendo o Jive mais intenso (p≥0,05) do que o Samba e a Rumba não havendo diferença entre essas duas. A média da FCM pico (189 bpm) foi maior (p≤0,05) do que a média da FCM cal (165,3 bpm).