Carteira Rosa: a Tecnofabricação dos Corpos Sexuados nos Testes de Feminilidade na Olímpiada de 1968
Por Patricia Lessa (Autor), Sebastião Josué Votre (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 35, n 2, 2013. Da página 263 a 279
Resumo
Sexo e gênero tomam uma nova forma após a descoberta científica dos hormônios. Inicia um período de investimentos tecnológicos e políticos que culminam na manipulação artificial dos hormônios, assimilados pelo doping esportivo para melhoria das performances. Com o doping surge a preocupação em comprovar o gênero das atletas mulheres. A Olimpíada de 1968 foi um marco no início dos testes de feminilidade. Esse estudo investigou os discursos dos jornais da época sobre as condições políticas que levam aos testes, caracteriza-se por uma pesquisa histórica documental. Nossas fontes foram o Jornal dos Sports e o Jornal do Brasil, o período analisado foi o segundo semestre de 1968. Foram utilizadas as Teorias Feministas Contemporâneas para o diálogo com as fontes primárias.