Resumo

Profissional participante do processo de educação do indivíduo, o professor de educação física sofre frequentemente interferência no desempenho de sua tarefa que o obriga a mudar seus objetivos e impedem a satisfação de suas necessidades básicas (fisiológicas, de segurança e social) assumindo posicionamentos muitas vezes contrários à sua vontade acomodando-se, dimimuindo e perdendo a sua motivação pelo desempenho de seu trabalho. O objetivo deste estudo é encontrar, das causas apresentadas pela autora, as que conduzem os professores de educação física à perda da motivação e da conseqüente qualidade de suas aulas. Um questionário, apresentado como instrumento, foi apresentado aos professores do 2º segmento do 1º grau efetivamente exercendo suas atividades em Centros Integrados de Educação Pública, compreendendo 4 partes: dados pessoais e profissionais, opção profissional, possíveis causas de perda de entusiasmo e auto-avaliação do entusiasmo. Após distribuição em quadros, tratamento estatístico e análise, os resultados indicaram que: (a) falta de material específico; (b) espaço mínimo livre e apropriado para as aulas; (c) remuneração insuficiente; (d) turmas com mais de 30 alunos; (e) atitudes desleais, em competições, de alguns professores; (f) falta de sensibilidade da Direção da Escola para problemas pertinentes à educação física; (g) dificuldades em obter liberação das aulas para participar de cursos de atualização; (h) elitização das competições nos jogos escolares e (i) indisposição dentro da escola decorrente da natureza dinâmica das aulas, são os principais fatores que dificultam ou impedem a realização de seus objetivos profissionais e de ordem particular, provocando insatisfação, ansiedade e tensão ocasionando a perda da qualidade de seu trabalho didático, negligenciando-o ou omitindo-o.

Acessar Arquivo