Resumo

Na contemporaneidade, o Circo tem ocupado múltiplos contextos "para além da lona", como os projetos sociais, as escolas básicas e a própria Universidade, ressaltando seu potencial educativo e polissêmico (BORTOLETO; SILVA, 2017). Tal ampliação tem se dado concomitantemente ao exponencial crescimento da produção acadêmica (ONTAÑÓN; DUPRAT; BORTOLETO, 2012) e pesquisa de novas metodologias de ensino. O Plano Nacional de Extensão Universitária 2011-2020 vigente preconiza uma formação acadêmica em programas e projetos de extensão fora dos espaços de sala de aula (BRASIL, 2011), pautada numa relação bidirecional da Universidade com a sociedade. Dessa forma, entendese que a extensão universitária constitui um dos três pilares da Educação Superior brasileira e delineia um lócus formativo indispensável à qualificação docente, à formação discente, consolidando a articulação com a sociedade. Ademais, tem sido um espaço privilegiado e receptivo ao desenvolvimento de inúmeras práticas corporais e, atualmente, o Circo se faz presente, porém de forma incipiente (TIAEN, 2013; ONTAÑÓN et al., 2016; TREVIZAN; CHAGAS; KRONBAUER, 2018). Desse modo, o presente trabalho analisa o processo de implementação de um projeto de extensão de atividades circenses para crianças que vem sendo desenvolvido durante o ano de 2018 em uma universidade pública mineira, envolvendo dois alunos bolsistas, uma docente do curso de graduação em Educação Física que atua como coordenadora do projeto, além de um grupo de 15 crianças. O referido projeto busca fomentar o intercâmbio institucional, a sistematização de ações de intervenção e a criação de mecanismos de circulação das produções científicas na área da Educação Física, mais especificamente na Pedagogia das Atividades Circenses (BORTOLETO, 2008, 2010).

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