Resumo

Entenda

O ciclismo adaptado é uma modalidade paradesportiva que, atualmente, destina-se a deficientes visuais, amputados, paraplégicos, tetraplégicos, paralisados cerebrais e les autres. Segue as mesmas regras do ciclismo olímpico, regidas pela União Internacional de Ciclismo (UCI), e suas adaptações – decorrentes das necessidades diferenciadas dos competidores devido as suas deficiências – são normatizadas pelo Comitê de Ciclismo do Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

Existem no paraciclismo quatro tipos de bicicletas, que são usadas de acordo com a deficiência apresentada pelo competidor. As bicicletas convencionais são utilizadas por indivíduos com condições neurológicas leves, paralisados cerebrais, amputados ou outros, que consigam pedalar uma bicicleta comum. Os triciclos destinam-se a paratletas paralisados cerebrais ou com condições neurológicas mais graves e que não pedalam uma bicicleta convencional. As tandem servem aos competidores deficientes visuais e possuem dois bancos: no da frente vai um acompanhante, sem deficiência, e o paratleta senta-se no banco traseiro. O último tipo é a handbike que é manipulada pelas mãos e não pelos membros inferiores do desafiante e este pode ser amputado de uma ou duas pernas, paraplégico ou tetraplégico.

A nomenclatura das classes de deficientes é feita da seguinte maneira: B são ciclistas com deficiência visual, podendo ser B1, B2 ou B3; H são paratletas que utilizam handbike e vai do número 1 ao 5 (do 1 ao 4 competem deitados, os atletas do 5 competem ajoelhados); T são os competidores que usam triciclos e classificam-se em T1 ou T2; e C são atletas de bicicleta normal com numeração de 1 a 5. Em todas as categorias os números menores indicam indivíduos com maior comprometimento, consequentemente, os números maiores significam menor grau deficiência.

Em relação às provas do ciclismo adaptado, estas podem ocorrer na estrada (chegando até 120 km) ou em pista (entre 250 km e 325 km). Na estrada há provas para todos os tipos de bicicletas. A saber, são as seguintes: de estrada, contra-relógio individual e handcycling. Em pista, apenas é possível o uso das bicicletas comuns ou das tandem. As provas são: tandem sprint (apenas para homens), sprint por equipes, 500 m ou 1 km contra-relógio e perseguição individual.

O ciclismo adaptado é um paradesporto bastante admirado e que cresce cada vez mais em número de adeptos por todo o mundo. Promove a integração de seus praticantes, inclusive com atletas da modalidade convencional, já que é possível o treinamento em conjunto, com atletas e paratletas. No âmbito fisiológico, aumenta a força, resistência e velocidade dos praticantes. No âmbito psicológico, incentiva a superação e o desenvolvimento da perseverança, propiciando melhora da autoconfiança, independência e bem estar.

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