Cinco Anos Proj. Envelhecimento Ativo: Efeito do Treinamento Resistido Sobre Força e Massa Muscular, Conteêdo e Densidade óssea em Mulheres Idosas
Por João Pedro Alves Nunes (Autor), Alex S. Ribeiro (Autor), Matheus A. Nascimento (Autor), Crisieli M. Tomeleri (Autor), Fábio L. C. Pina (Autor), Mariana Souza (Autor), Leandro dos Santos (Autor), Letícia Cyrino (Autor), Paolo C. Fabro (Autor), Hellen G. Nabuco (Autor), Melissa Antunes (Autor), Paulo Sugihara Junior (Autor), Rodrigo R. Fernandes (Autor), Edilaine F. Cavalcante (Autor), Gabriel Kunevaliki (Autor), Ygor Quadros (Autor), Fábio J. A. da Silva (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O processo de envelhecimento é acompanhado de diversas modificações negativas morfofuncionais, dentre essas a redução acentuada da força muscular (FM), massa muscular (MM) e densidade mineral óssea (DMO). Níveis reduzidos desses componentes possuem relação com uma menor capacidade funcional, maior risco de quedas e fraturas, pior condição em indicadores do estado geral de saúde e, por consequência, razão de risco de morte aumentada. Estima-se que, por década, em indivíduos idosos inativos, a redução da FM, da MM e da DMO seja em torno de 15%, 10% e 10%, respectivamente. Um possível meio eficaz para atenuar essas modificações é a prática do treinamento resistido (TR), indicado também por ser seguro, de baixo custo e não farmacológico. Entretanto, a literatura sobre essa temática não apresenta nenhum dado acerca do efeito da prática do TR em longos prazos, o que impossibilita confirmar se o TR realmente atenua ou reverte os efeitos negativos do envelhecimento. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito do TR sobre a força e massa muscular, densidade e conteúdo mineral ósseo (CMO) em mulheres idosas após cinco anos no Projeto Envelhecimento Ativo/Londrina-PR. Deste projeto, que ocorreu com períodos intermitentes de treino e destreino, foram selecionadas 10 mulheres idosas (67 ± 6,8 [mín.: 61, máx.: 83] anos; 61 ± 8,1 kg; 155 ± 6,0 cm; 25 ± 3,2 km/m-2) que entraram no ano de 2012 e continuaram até 2016. A FM foi testada nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca Scott, enquanto a MM de membros superiores (MMS) e inferiores (MMI), o CMO e a DMO foram estimados pela absortometria radiológica de dupla energia. Após o período de intervenção, foi observado aumento significativo (P < 0,001) da FM no supino vertica na rosca Scott (pré = 17, redução na MMS (P -5,3%) e no CMO (P -3,8%), porém sem alterações significativas na MMI (P = 0,055; -2,6%) e na DMO (P -0,1%). Os resultados apontam que a prática de TR pode reverter/atenuar os efeitos deletérios associados ao envelhecimento, sobretudo no tecido muscular e ósseo, com destaque para os aumentos expressivos na FM, manutenção na MMI e DMO e reduções de pequena magnitude na MMS e no CMO.