Resumo

O título dessa apresentação é uma inspiração direta a obra de José Mena Abrantes Cinema Angolano. Um passado a merecer melhor presente publicado pela Cinemateca Nacional de Angola, em Luanda em 1986. O objetivo da comunicação é trazer alguns dos elementos desenvolvidos na pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós Graduação em História na Universidade Federal de Santa Catarina, que aborda questões vinculadas as cinematografias angolanas e as redes de intelectuais entre 1968 à 1992. O país antes da sua independência já possuía obras fílmicas clandestinas vinculadas a questões anticoloniais realizadas por Sarah Maldoror. Após 1975, ano da independência angolana são criadas estruturas estatais como o Laboratório Nacional de Cinema e o Instituto Angolano de Cinema, que se consolida em 1977. Durante o período, a entrada de diversos cineastas e intelectuais de países como Brasil, Cuba, Portugal, entre outros fizeram parte destes aparelhos e que nos auxiliam na análise de elementos vinculados num plano de fundo da Guerra Fria e de outras concepções sobre o fazer fílmico em Angola, como o cinema direto, urgente, terceiro cinema, além dos impasses por um cinema etnográfico na disputa entre os conceitos de Jean Rouch e Ousmane Sembène a partir das obras de Ruy Duarte de Carvalho.

Acessar