Resumo

INTRODUÇÃO: A ginástica é o esporte de habilidades fechadas mais antigo e espetacular. Contudo, parâmetros técnicos de execução geralmente são somente ensinados por treinadores experientes. Desta maneira, existe uma lacuna de informações objetivas sobre o desempenho de ginastas (referências cinemáticas). 
OBJETIVO: No presente estudo, tentamos quantificar movimentos de inversão linear e de hiperextensão durante a execução de flic flacs. 
MÉTODOS: Foi efetuada uma detecção não invasiva de flic flacs com o auxílio de um instrumento óptico eletrônico 3D. Treze marcadores esféricos retrorreflexivos (1 cm de diâmetro) foram posicionados no corpo de 9 ginastas experientes: maléolos laterais direito e esquerdo, cabeça da fíbula, trocanter maior, acrômio, olecrano, processo estiloide da ulna e vértex. Na mesma sessão e após um período de aquecimento, cada participante executou 15 repetições de flic flacs. Dez repetições forma analisadas, e os trajetos 3D das 13 manobras medidos.
RESULTADOS: Em média, os homens obtiveram altura vertical maior (mulheres, 62% da altura; homens, 58%). O alinhamento dos membros inferiores foi homogêneo entre os ginastas: ângulos posteriores de joelho variaram entre 80° e 118°. Nenhuma abdução de membro inferior foi observada: a largura de joelho foi 7 cm menor do que a largura intertrocanter; a largura de tornozelo foi 8 cm menor do que a largura de joelho. Na saída do movimento, o ângulo tronco-coxa apresentou excelente alinhamento corporal, com valores bem próximos de 180°. As mulheres executaram a fase de apoio das mãos com pulsos mais próximos do que os homens (homens, 134% de largura de ombro; mulheres, 121%). 
CONCLUSÃO: Os resultados podem fornecer informações para melhor conhecimento, definindo assim, a execução de padrão-ouro obtida de ginastas de elite com poucas lesões.

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