Cinética da Creatina Quinase em Jogadores de Futebol Profissional em Uma Temporada Competitiva.
Por Daniel Barbosa Coelho (Autor), Rodrigo Figueiredo Morandi (Autor), Marco Aurélio Anunciação de Melo (Autor), Emerson Silami Garcia (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 13, n 3, 2011. Da página 189 a 194
Resumo
Concentrações plasmáticas de creatina quinase (CK) têm sido utilizadas como um indicador do estresse imposto à musculatura esquelética decorrente da atividade em várias modalidades esportivas. Porém, ainda não há trabalhos sobre a cinética pós jogo dessa enzima de forma seriada no futebol durante uma temporada competitiva. O objetivo foi analisar a cinética da concentração plasmática de CK em coletas seriadas em diferentes momentos pós jogo durante uma temporada competitiva de futebol sem interrupção do cronograma de treinamentos. Participaram do estudo 17 atletas profissionais de futebol (22,2±3,1 anos, 179± 6,0 cm de altura, 9,5±1,1% de gordura corporal e 67,0±3,5 mLO2/kg/min) foram monitorados durante três meses do campeonato nacional.A concentração plas-mática da CK foi mensurada antes do início da pré-temporada (PRE) e em quatro ocasiões após dos jogos (PÓS-1 (12-20h), PÓS-2 (36-48h), PÓS-3 (60-65h) e PÓS-4 (90-110h). Os valores da concentração plasmática de CK foram maiores em todas as em comparação com a fase PRE (p<0,05). PÓS-2 foi menor que PÓS-1 e maior que PÓS-3 e 4 (p<0,05). PÓS-3 e PÓS=4 foram semelhantes. O estudo permitiu concluir que a rotina de treinamentos dos jogadores influenciou a cinética de remoção da CK, apresentando sua concentração pico entre 12-20h pós jogo, retornando aos valores normais de treinamento em 60-65h. Tal procedimento pode ser utilizado com o objetivo de se monitorar o estado de recuperação dos atletas e a intensidade dos jogos e treinamentos.