Resumo

O emprego da saliva pode subsidiar uma necessidade emergente de redução de custos, invasividade, cuidados e tempo, comparado às análises sanguíneas. O objetivo do estudo foi analisar a cinética do lactato no sangue e saliva, em resposta ao exercício físico incremental em cicloergômetro. Em uma pesquisa correlacional preditiva, nove ciclistas saudáveis do sexo masculino (24±2 anos; 71.3±7.6kg; 170.9±4.7cm) foram submetidos a um protocolo de esforço progressivo, iniciado a 10% da carga máxima (WMÁX), obtida previamente, com incremento de 10% a cada três minutos até a exaustão voluntária. A concentração de lactato sanguíneo e salivar foi medida durante o exercício e no 3º, 6º, 9º, 15º, 30º e 60º minutos pós-exercício. Para averiguar relações entre as curvas de lactato, foi realizada uma análise de regressão linear. Verificou-se uma evolução paralela entre os valores médios de lactato, medidos no sangue capilar e na saliva, com o aumento da carga de trabalho (R2 ajust.=0.93; p<0.001). Conclui-se que, embora com magnitudes diferentes, a resposta lactacidêmica, durante o exercício incremental, foi similar entre o sangue e a saliva. Nesse sentido, o uso do lactato salivar demostrou ser um modelo não invasivo para a determinação do lactato sanguíneo em resposta ao exercício físico 

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