Resumo

Este estudo de revisão objetivou discutir os possíveis mecanismos fisiológicos responsáveis pelo aumento de lactato músculo-plasmático. Sabe-se que o incremento na concentração sanguínea de lactato relaciona-se com aumento da atividade glicolítica; entretanto, existe a possibilidade de elevação na concentração de lactato mesmo em condições predominantemente aeróbias, condições patológicas como doença pulmonar obstrutivo crônica (DPOC), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), entre outras, ou em condições ambientais extremas, como exposição aguda a grandes altitudes. Alguns estudos realizados nas décadas de 60 e 70 relacionavam aumento de lactato plasmático com alterações respiratórias durante atividade física intensa; na mesma época foi desenvolvido o método de determinação não invasiva do limiar anaeróbio, que através desta metodologia é chamado de limiar ventilatório. Outros relatos das décadas de 70 e 80 correlacionavam o aumento e acúmulo de lactato plasmático com concentrações sanguíneas fixas deste metabólito (2Mm e 4Mm) ou a partir de diferentes valores de lactacidemia. O procedimento que determina o limiar anaeróbio a partir de valores fixos, é invasivo e denominado de limiar de lactato. Desde então, discute-se qual das metodologias apresenta maior confiabilidade, reprodutibilidade, aplicabilidade e melhor relação custo/benefício. Discutiu-se também, neste artigo de revisão, quais seriam os responsáveis metabólicos, pelo aumento das concentrações sanguíneas e musculares de lactato, a cinética do lactato em diferentes concentrações de oxigênio e intensidade de esforço físico.

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