Circunferência da Cintura, índice de Massa Corporal e Fatores de Risco Cardiovascular na Adolescência.
Por Rodrigo Bozza (Autor), Antonio Stabelini Neto (Autor), Anderson Zampier Ulbrich (Autor), Italo Quenni de Araujo Vasconcelos (Autor), Luís Paulo Gomes Mascarenhas (Autor), Lilian Messias Sampaio Brito (Autor), Wagner de Campos (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 11, n 3, 2009. Da página 286 a -
Resumo
Embora diversos autores afirmem que a medida da circunferência da cintura (CC) é um indicador de fatores de risco cardiovascular mais confiável se comparado ao índice de massa corporal (IMC) e outros indicadores de adiposidade, estes resultados ainda não são conclusivos para população exclusivamente pediátrica. O Objetivo do presente estudo foi relacionar a CC e IMC com os fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes. A amostra foi composta por 108 rapazes e 133 moças (12 a 16 anos). A CC e o IMC foram mensurados seguindo procedimentos antropométricos usuais. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares analisados foram a pressão arterial, colesterol total, LDL-c, HDL-c e triglicérides. Para as análises estatísticas, utilizaram-se estatística descritiva, testes de qui-quadrado e regressão logística, com p < 0,05. Os resultados sugerem que as moças com valores aumentados de IMC, apresentaram maior razão de chances de ter níveis indesejáveis de pressão arterial (OR:4,29; IC95%:1,66-14,58). Em relação à CC, as moças com valores aumentados apresentaram maior razão de chances de apresentar pressão arterial elevada (OR:4,12;IC95%:1,27-13,35) e colesterol total indesejável (OR:3,6;IC95%:1,1-11,76). Apesar das poucas relações encontradas, principalmente para os rapazes, estes indicadores antropométricos podem ser úteis para a identificação e triagem de indivíduos com valores aumentados, possibilitando uma intervenção no sentido de incorporação de hábitos alimentares e de atividade física saudáveis, principalmente, em indivíduos jovens.