Resumo

Introdução: A busca compulsiva por um corpo ideal tem levado muitas pessoas a se sentirem insatisfeitas com o seu corpo. Portanto os indicadores antropométricos servem para estimar esse sentimento negativo da imagem corporal (IC), sendo a Circunferência de Cintura (CC) a que melhor prediz a obesidade visceral. Deste modo, a qualidade de vida parece intervir de forma positiva o modo como os indivíduos estimam a sua imagem corporal, mas o sentido inverso do efeito é igualmente provável. Objetivo: Comparar a qualidade de vida e a circunferência de cintura entre os escolares satisfeitos e insatisfeitos com a imagem corporal. Métodos: A amostra constitui-se de 99 alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Samburá - Cabo Frio/RJ. A SIC foi estimada com a escala de silhuetas, a CC foi mensurada com fita antropométrica metálica e para a qualidade de vida (QV) foi aplicado o questionário SF-36 que dividi-se em oito domínios, que podem ser agrupados em dois grandes componentes: aspectos físicos (capacidade funcional, aspectos físicos, dor e estado geral de saúde) e aspectos mentais (saúde mental, vitalidade, aspectos sociais e aspectos emocionais). O escore dos domínios varia de 0 a 100, no qual zero corresponde ao pior estado geral e 100 ao melhor estado de saúde. Utilizou-se o teste t independente entre os domínios de QV, para buscar possíveis diferenças entre os indivíduos satisfeitos e insatisfeitos com a própria imagem. Sendo considerado significante um valor de p ≤ 0.05. Resultados: A pesquisa apontou uma diferença significativa na CC (p = 0,031) e no domínio EGS (p = 0,005) da qualidade de vida entre os indivíduos satisfeitos e insatisfeitos com a imagem corporal. Conclusão: A CC influenciou na SIC, entretanto estar insatisfeito com a imagem corporal parece não afetar de uma forma geral a percepção da QV.

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