Resumo

Avaliar o Estado Nutricional (EN) permite rastrear desnutrição e obesidade, condições associadas a doenças crônicas não transmissíveis. O índice de massa gorda (IMG) destaca-se em relação aos indicadores tradicionais de EN. No entanto, propostas que definem limiares para IMG não são sensíveis para discriminar casos extremos (graus de obesidade ou magreza). Apenas uma proposta (NHANES) estabeleceu oito categorias de classificação EN (IMG), mas foi determinada por densitometria corporal total (DXA). Porém, DXA é caro e nem sempre disponível. O objetivo foi testar a validade do método NHANES usando bioimpedância elétrica (BIA) e dobras cutâneas (DOCs) para classificar o EN. O IMG de 135 (69 mulheres) universitários com idade entre 18 e 30 anos foi obtido por DXA, BIA e DOCs. A concordância foi testada entre os instrumentos (Bland-Altman) e classificações de EN (Qui quadrado e índice Kappa). O teste de concordância com a DXA indicou as DOCs subestimarem o IMG (-1,9 kg/m2) para ambos os sexos e a BIA em mulheres (-2,0 kg/m2). No entanto, as BIA superestimaram o IMG (1,4 kg/m2) nos homens, embora com menos viés. Não houve concordância entre as classificações de EN (NHANES) pelo IMG entre DXA e BIA/DOCs. A exceção ocorreu entre DXA e BIA em homens que apresentaram concordância “razoável” (k = 0,214; p = 0,001). Em conclusão, DOCs e BIA não mostraram concordância suficiente para substituir DXA pela classificação de EN, dentro dos limites NHANES. As ferramentas diferem para medir IMG e classificar categorias de EN (NHANES).

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