Resumo

Resumo: Na década de 1920, Cléo de Galsan surpreendeu leitoras/es do Jornal A Gazeta de São Paulo ao publicar crônicas esportivas que defendiam a prática de qualquer modalidade esportiva, incluindo o futebol, por mulheres. Em sua crônica intitulada “O futebol feminino é o jogo recommendado à mocidade feminina”, Cléo conclui defendo que a mulher deve praticar o esporte que lhe convém, tanto por sua constituição física quanto pelo seu gosto. Duas décadas mais tarde, em 1948, a socióloga Maria Isaura de Queiroz, seguindo uma crescente iniciada entre os intelectuais – homens – das artes, das letras e das ciências sociais, publicou o texto “O futebol e o caráter dionisíaco brasileiro” em que ao mesmo tempo retoma uma declaração de Gilberto Freyre de 1938 e as bases teóricas sobre os padrões de cultura de Ruth Benedict. Este trabalho tem como objetivo dar visibilidade a mulheres que escreveram textos de opinião e/ou científicos sobre futebol: área esportiva que lhes foi afastada – de certo modo proibida – no país até o fortalecimento dos movimentos de lutas feministas durante a década de 1970.

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