Coesão de Grupo em Categorias de Base do Futebol
Por Ivan Wallan Tertuliano (Autor), Douglas Versuti Arantes Alvarenga (Autor), Guilherme Henrique Cordeiro Xavier (Autor), Vivian de Oliveira (Autor), Afonso Antonio Machado (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 27, n 2, 2019.
Resumo
O presente estudo tem como objetivo investigar a coesão de grupo em atletas de Futebol, de categorias de base, e comparar os níveis de coesão de grupo entre as equipes investigadas. Para isso, participaram do estudo, de forma voluntária, 84 jogadores de Futebol com idade entre 13 e 19 anos (16,04 ± 1,73), todos do sexo masculino e jogadores de 3 clubes do Estado de São Paulo. Cabe ressaltar que todos participantes preencheram o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e o termo de assentimento, no caso dos menores de idade. Todos participantes responderam ao Questionário de Ambiente de Grupo – QEG, adaptado e validado para a língua portuguesa, além de um questionário sociodemográfico. Para as análises, utilizou-se de análises descritivas e inferenciais. Os resultados apontam, para análise intragrupo, independentemente do clube, que os grupos apresentam maiores escores para dimensão atração individual no grupo-tarefa, seguida da atração individual no grupo-social e menor escore para dimensão integração no grupo-tarefa. Em relação as análises entre clubes, pode-se observar que o clube 3 apresentou maiores escores que o clube 2, apenas, para as dimensões atração individual no grupo-tarefa e integração no grupo-tarefa. Diante do exposto, conclui-se que atletas de categorias de base parecem priorizar as dimensões de atração individual, que pode estar envolvido com a vontade de se profissionalizar e a incerteza de se esse objetivo será alcançado. Além disso, os atletas do clube 3 apresentaram maior coesão que os atletas do clube 2, indicando que nesse clube, possivelmente, tenha uma preocupação maior com a preparação psicológica, aliado a um estilo de liderança preferencial por parte dos atletas.