Resumo

Na década de 1950, a coesão grupal foi definida como um campo de forças que mantem os indivíduos em seus grupos. Já na de 1980, coesão era apontada como o compromisso dos componentes de um grupo para com os objetivos deste. Atualmente, no contexto esportivo, a coesão é percebida como um processo dinâmico que reflete a tendência de um time em se unir e permanecer unido. A literatura é consistente em apontar uma relação de coesão grupal com a maior satisfação do atleta, interação saudável entre os companheiros de time e desejo de permanência na prática esportiva realizada por crianças. A partir do exposto e da falta de estudos que pesquisem a coesão no esporte infantil no Brasil, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo de validação e adaptação transcultural do Questionário de Coesão no Esporte Infantil para realidade brasileira. A amostra foi composta por 140 crianças de ambos os sexos, com idade média 10,59 anos (DP= 1,07), praticantes de esporte coletivo e pertencentes às suas equipes por, no mínimo, três meses. Os instrumentos utilizados foram Questionário Sócio Demográfico, Questionário de Coesão no Esporte Infantil e Questionário de Validação. Para análise dos dados foram utilizados Analise Descritiva, Validade Convergente, Indicador de Alpha de Cronbach, Análise Fatorial Exploratória e Analise Fatorial Confirmatória. Os resultados apontaram para validade da adaptação transcultural do Questionário de Coesão no Esporte Infantil para a realidade brasileira, a partir de um modelo bifatorial onde há um fator geral Coesão e dois fatores subjacentes Coesão de Tarefa e Coesão Social. Assim este instrumento pode contribuir com a área de avaliação psicológica de grupos esportivos de crianças brasileiras

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