Resumo

O objetivo do estudo foi identificar interação entre gênero e escolaridade na ocorrência de inatividade física em diferentes domínios (deslocamento, domicílio, lazer e trabalho) em adultos de Florianópolis, Santa Catarina. Os dados foram coletados de setembro/2009 a janeiro/2010 com indivíduos de 20 a 59 anos. Empregou-se um delineamento transversal de base populacional e a inatividade física em cada domínio foi definida como a não participação em atividades físicas específicas, avaliadas por questionário validado aplicado por entrevistas face a face. Foram entrevistados 1720 adultos. Nos homens, a prevalência de inatividade física foi mais elevada do que entre as mulheres no deslocamento (56,9% versus 44,5%; p < 0,001, respectivamente) e no domicílio (79,0% versus 40,4%; p < 0,001 respectivamente). No lazer, a inatividade física foi mais frequente entre as mulheres (58,1% versus 45,5%; p < 0,001). Interações entre gênero e escolaridade foram estatisticamente significativas no deslocamento (p = 0,004), domicílio (p < 0,001) e lazer (p = 0,04). No deslocamento, os homens foram mais inativos do que as mulheres dos cinco aos oito anos completos de estudo. A inatividade física no domicilio foi maior entre os homens em todos os níveis de escolaridade, com redução na magnitude das diferenças percentuais entre os gêneros, conforme o aumento da escolaridade. No lazer, as mulheres foram mais inativas do que os homens a partir dos nove anos de estudo. Constataram-se diferentes interações entre gênero e escolaridade conforme os padrões de inatividade física em seus diferentes domínios.

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