Resumo

A maneira como cada um pensa, sente e age em relação ao próprio envelhecimento, e o dos outros, impacta a vida dos indivíduos e das comunidades. O Idadismo, ainda pouco discutido também por profissionais de Educação Física, pode contribuir negativamente na autopercepção da velhice, e traz consequências relevantes do ponto de vista físico e social.

Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar se há estudos brasileiros que versem sobre o Idadismo, no âmbito da atividade física, por meio de uma revisão de escopo. Método: Foram realizadas buscas em sete bases de dados eletrônicas abrangendo artigos disponíveis até dezembro de 2023. Foram buscados estudos originais, desenvolvidos no Brasil, que investigaram sobre o Idadismo e a atividade física, e seus correlatos (lazer, esporte e práticas corporais). Resultados: Dos 708 artigos encontrados, apenas 8 compuseram a síntese, representando 1,13% do total. Pessoas idosas participantes de grupos de convivência de unidades básicas de saúde e de projetos de atividade física foram contempladas, com predominância de mulheres (n= 4). Como significado, o Idadismo é visto como um fenômeno complexo (n= 3) e um processo que dificulta a inserção social da pessoa idosa (n= 3). Destaca-se a pandemia de Covid-19 como um acontecimento que ampliou o Idadismo (n=2). A prática de atividade física apareceu como um fator de inclusão social para a qualidade de vida e para mudanças positivas nos aspectos físicos - as mulheres idosas sentem-se mais ágeis, ativas e independentes fisicamente (n= 2). Conclusão: Dados exploratórios trazem poucos artigos que relacionam o Idadismo e a atividade física, e seus correlatos no Brasil. Futuros estudos são importantes, tanto para a reflexão e desconstrução do preconceito etário no convívio social, incluindo profissionais de saúde, quanto para a análise das suas possíveis associações à prática da atividade física e seus correlatos.

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