Como os praticantes de escalada da faculdade de desporto da universidade do porto definem sua prática?
Por Thiago Bassani Bellusci (Autor), Isabela Gouveia Marques (Autor), Guilherme Moraes Balbim (Autor).
Resumo
A escalada é um esporte bastante acessível em Portugal, em especial na cidade do Porto, pois há estruturas físicas disponíveis à população. Objetivo: Verificar quais vocábulos são mais aceitos pelo praticante de escalada na Universidade do Porto. Métodos: Foi aplicado questionário estruturado tipo survey com 12 praticantes, 8 do gênero masculino e 4 do gênero feminino, tendo como critério de exclusão ter tempo de prática inferior a seis meses. Como instrumento foi utilizado o “Questionário GEL 2009 - Definição e Caracterização dos Esportes de Aventura”, adaptado à escalada, sendo composto por trinta e duas questões. Entretanto, para o presente estudo foram utilizadas as quatro questões – em Escala Likert - referentes à definição da modalidade em questão. A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva, utilizando-se de freqüências relativas. Resultados: A escalada era descrita como esporte radical, esporte de aventura, esporte de risco ou atividade física de aventura na natureza (AFAN). Os esportes radicais estão relacionados à aventura, risco, destemor e desafio; os esportes de risco são aqueles que apresentam elevado grau de risco, perigo; os esportes de aventuras têm como característica o risco e perigo calculados, sem treinamento anterior; as AFAN se relacionam a rituais, temores, aventura e risco. Considerando aceitação como a somatória das concordâncias parciais e plenas, o termo esporte radical teve aceitação de 75%, o esporte de aventura teve 83% de aceitação, o esporte de risco teve 39% de discordância e sem opinião, e a AFAN teve 100% de aceitação, sendo que 58% concordam plenamente. Interessante observar que, mesmo em um público envolvido em parede artificial, o conceito mais dominante liga a escalada à natureza. Esse resultado sugere a maior abrangência do termo atividade de aventura, sugerindo aumentar a amostra e realizar estudos no Brasil que estabeleçam uma análise comparativa. Conclusões: Portanto pode-se considerar que os praticantes estudados consideram a sua prática como atividade física de aventura na natureza, talvez por terem acesso constante ao meio natural, mesmo treinando com certa regularidade em paredes artificiais. Seria interessante abranger este estudo para verificar se a distância ou proximidade altera a percepção do escalador sobre sua prática.