Como Sair da Estatística de óbitos por Covid-19. Será Que Você Está Pronto?
Integra
A obesidade sempre será um fator de risco que deve ser encarado com muita seriedade, principalmente no momento atual em que vivemos com a pandemia por corona vírus.
Nos últimos boletins do Ministério da Saúde, 60% dos óbitos por Covid-19 apresentaram pelo menos um fator de risco para Síndromes Metabólicas em indivíduos acima de 60 anos, a cardiopatia vem em primeiro lugar, depois diabetes, doenças renais em seguida outras doenças crônicas. Embora a Obesidade venha em sétimo lugar nessa lista, é observado que sua incidência é bem maior em indivíduos mais jovens, abaixo de 60 anos. Não só no Brasil, mas em outros países como no Reino Unido, em estudo liderado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Auditoria em Terapia Intensiva de lá mostra que 71,7% dos que estão nas UTIs por Covid-19 apresentam excesso de peso. Isso é muito significativo, pois aponta como os indivíduos estão, atualmente, vivendo de forma errada, acumulando hábitos nocivos que os predispõem à doenças viróticas e infecciosas. Se a obesidade e outros fatores estão levando à baixa imunidade, precisamos, urgentemente, fazer o caminho contrário, ensinando a população a se afastar de hábitos que a leve ao desenvolvimento de doenças viróticas e infecciosas.
Atualmente fatores como sedentarismo, má alimentação com ingestão de alimentos não perecíveis e industrializados, estresse e alto índice de acúmulo de gordura visceral são responsáveis pelo aparecimento de doenças metabólicas e infecciosas. A maioria pensa que basta fazer algum exercício no fim de semana ou quando tiver oportunidade, comer algo saudável em meio a refeição diária poderá melhorar a saúde como um todo. Mas é preciso muito maior comprometimento para chegar lá. Mudanças devem ser feitas, pois alimentos com alto índice glicêmico, gordura, baixa qualidade e ingestão de álcool, viraram rotina na mesa da população brasileira e devem ser retirados. Além disso, maior preocupação deve ser dada ao descanso, sono, rotina de exercícios e lazer com a família e amigos, pois são também fatores que intensificam essa realidade.
Devemos prestar mais atenção em nossas vidas daqui para frente, nos boletins do MS pacientes com uma doença preexistente que está controlada, por meio de tratamento ou rotina saudável, pode apresentar uma resposta melhor à covid-19. É necessário estarmos atentos aos níveis adequados de glicemia, pressão arterial, colesterol, minerais, vitaminas e hormônios essenciais. Uma vez acompanhados pelos médicos e nutricionistas, devemos incorporar uma rotina de exercícios semanais adequada e de forma sistemática.
Segundo o ACSM, os adultos saudáveis precisam se envolver em atividade física moderada de qualidade aeróbia em mínimo de 30 minutos diários, 5 vezes por semana ou aeróbias intensas, por um mínimo 20 minutos, 3 vezes por semana. Todo adulto, inclusive os idosos, devem praticar exercícios que mantenham ou aumentem a força muscular e a resistência num mínimo de 2 vezes por semana com os grandes grupos musculares para reduzirem os fatores de risco.
Indivíduos que apresentam sinais para tais doenças como: dor, desconforto(ou outro equivalente anginal) no peito, pescoço, maxilar, braços ou outras áreas, que possa ser resultante de isquemia, encurtamento da respiração durante o repouso ou com esforço leve, tontura ou síncope, dispneia noturna, edema no tornozelo, taquicardia, câimbras, fadiga comum e encurtamentos na respiração em atividades usuais, devem passar por uma avaliação médica e/ou teste de esforço como parte do processo de triagem de saúde pré-participação antes do início de um programa de exercícios. É comum indivíduos perceberem que há algo errado consigo mesmos e iniciarem exercícios sozinhos e muitas vezes se sentem mal no início ou durante atividades físicas por não saberem dosar a intensidade do exercício. Por isso é importante a avaliação e presença de um profissional de educação física para encarar mudanças no hábito de vida.
Uma vez conscientes desses fatos podemos nos preparar tomando medidas protetivas não só para a covid-19, mas para futuras síndromes, pandemias e doenças a nossa volta.
Fonte dados:
- Boletim 11/04/2020 https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/12/2020-04-11-BE9-Boletim-do-COE.pdf
- Boletim de 27/06/2020 - https://static.poder360.com.br/2020/07/apresentacao-ministerio-saude-1jul2020.pdf