Resumo

Indivíduos com dor lombar possuem redução na força e na resistência dos músculos paraespinhais. A avaliação da fadiga e da resistência destes músculos é importante porque estudos prévios relatam que estes sujeitos possuem um déficit na condição física que influencia na força e na função do tronco. Os objetivos deste estudo foram: comparar a fadiga entre os indivíduos com e sem dor lombar durante teste de extensão de tronco na posição sentada e discriminar os indivíduos em dois grupos: controle e lombalgia. Vinte e três sujeitos com dor lombar fizeram parte do grupo lombalgia. O grupo controle foi formado por dezoito indivíduos com características físicas similares e livres de sintomas. Os músculos paraespinhais foram avaliados nos segmentos de L1 e L5 por eletromiografia de superfície em duas cargas: 50 e 75% da contração máxima (CIVM) durante um teste de extensão de tronco na posição sentada. Os grupos não apresentaram diferenças em relação à idade, massa corporal e estatura. Os resultados indicaram que o grupo lombalgia apresentou menor força durante o teste de CIVM comparado ao controle ( x =37,8 e x =65,2 respectivamente; P = 0,003). Todos os indivíduos de ambos os grupos apresentaram fadiga após os testes na posição sentada. O grupo lombalgia apresentou maiores valores de fadiga em L1 e L5 (direita e esquerda), porém sem diferenças estatisticamente significante. A análise discriminante forneceu uma validação de parâmetros espectrais para classificar os indivíduos em grupos controle e lombalgia. A melhor classificação obteve uma acurácia de 87,7% e incluíram as variáveis: slopes a 50 e 75% da CIVM e freqüência mediana inicial de 50 e 75% da CIVM. O protocolo forneceu uma boa precisão para discriminar os indivíduos com dor lombar dos indivíduos controle.

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