Comparação analítica dos ataques resultantes em gol das equipes sub-17 masculina e sub-18 feminina do flamengo no campeonato brasileiro de futebol
Por Fernando Ferraz de Abreu (Autor), Rafael Calais Gaspar (Organizador), José Rodrigo Pauli (Autor).
Em Rbff - Revista Brasileira de Futsal e Futebol v. 12, n 51, 2020.
Resumo
O futebol é uma das modalidades esportivas coletivas que não apresentam diferenças nas regras para mulheres e homens. Entretanto, sabe-se que os indivíduos do sexo feminino apresentam uma iniciação no esporte mais tardia. Nesse contexto, pouco se sabe sobre as diferenças táticas entre ambas as modalidades. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar as ações ofensivas resultantes em gol das equipes sub-17 masculino e sub-18 feminino do Clube de Regatas do Flamengo, durante o Campeonato Brasileiro de 2019. Foram analisados 8 jogos de cada equipe, através de vídeos disponibilizados em plataforma digital. Foram avaliadas as ações ofensivas resultantes em gol, a última ação ofensiva antes do gol e o início da posse de bola de cada gol. Foi verificado que o time feminino realizou mais gols com o pé direito do que o time masculino. Por outro lado, o número de gols com o pé esquerdo e de cabeça da equipe masculina foi maior do que a feminina. Além disso, observou-se que a maiores frequências dos gols de ambas as equipes ocorreram por finalização direta. Ademais, observou-se que a maioria dos gols femininos tem origem após a roubada de bola, enquanto a equipe masculina realizou mais gols com início na bola parada. Assim, podemos concluir que uma inserção tardia de mulheres na modalidade pode interferir na última ação dos ataques durante um jogo de futebol e que as ações ofensivas que culminaram em gols no futebol feminino se deram principalmente em decorrência da recuperação da posse de bola.