Comparação da aptidão física e das demandas de jogo entre jovens atletas de rugby de sete em diferentes contextos de desenvolvimento esportivo
Por Camila Borges Müller (Autor), Amanda Franco da Silva (Autor), Rousseau Silva da Veiga (Autor), Ademir Felipe Schultz de Arruda (Autor), Eraldo dos Santos Pinheiro (Autor).
Resumo
Este estudo teve como objetivo comparar as demandas físicas e de jogo entre jovens atletas de rugby de sete inseridas em processo de desenvolvimento de atletas de longa duração (LTAD) e selecionadas para a seleção nacional. Métodos: Vinte e quatro atletas foram recrutados em dois contextos distintos: treze participantes foram inseridos no processo LTAD (VSR) e onze atletas brasileiros foram selecionados para a seleção juvenil (BRA). Testes de uma repetição máxima, desempenho de salto, tempos de sprint e capacidade aeróbica determinaram o desempenho físico e o GPS registrou as demandas de jogo no campeonato nacional. Os testes t para amostras independentes e Mann-Whitney foram utilizados para comparar os grupos, e o tamanho do efeito (TE) foi apresentado pelo d de Cohen. Resultados: tempo de sprint de 10 m (p = 0,001; ES = 1,47), tempo de sprint de 30 m (p = 0,005; ES = 1,42), distância de sprint (p = 0,030; ES = 1,14) e distância na zona 5 (p = 0,040; ES = 0,92) apresentaram diferenças entre os grupos, com melhores resultados no BRA. Além disso, os atletas VSR percorreram maiores distâncias na zona 1, enquanto os BRA percorreram maiores distâncias na zona 4, com ES moderado. As variáveis força, potência de membros inferiores e aptidão aeróbica não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Porém, o VSR teve maior média no agachamento salto e salto com contramovimento, com TE moderado. Conclusão: A velocidade nos testes físicos e nas exigências do jogo diferenciaram os grupos, sendo esses parâmetros essenciais para a seleção para a seleção nacional. Contudo, o processo LTDAD pode trazer prejuízos físicos