Comparação da capacidade funcional em indivíduos idosos hospitalizados
Por Bruno Margueritte Costa (Autor), Nilo Massaru Okuno (Autor), Rafael Carlos Sochodolak (Autor), João Vicente Marinho De Sousa (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
o declínio funcional adquirido no hospital (DFAH) é um fenômeno preocupante que descreve a deterioração das capacidades funcionais dos pacientes durante sua internação hospitalar. Esse declínio tem sido associado a um prognóstico desfavorável em pacientes idosos, sendo visto em aproximadamente 20-40% dos idosos hospitalizados. Pacientes frágeis antes da hospitalização apresentam maior risco de desenvolver DFAH durante a hospitalização. Entre os principais fatores relacionados com a diminuição da independência funcional em idosos está o imobilismo durante a hospitalização. Portanto, investigar estratégias que visem minimizar o imobilismo associado à hospitalização em indivíduos idosos torna-se bastante relevante. Objetivo: analisar a associação entre a implementação de uma rotina de exercícios físicos em indivíduos idosos hospitalizados e capacidade funcional de idosos durante a hospitalização. Métodos: 81 idosos com uma idade média de 69,48 ± 6,79 anos, com peso corporal de 70,42 ± 16,14kg, estatura de 1,62 ± 0,10 m e um índice de massa corporal (IMC) de 26,80 ± 6,15 kg/m². A avaliação da capacidade funcional foi aferida no momento pré e pós-intervenção, através do teste o Short Physical Performance Battery (SPPB). A intervenção consistiu em 5 sessões de exercícios multicomponentes com duração entre 20 e 30 minutos, realizadas uma vez por dia, por um período de cinco dias. Resultados: após o período de intervenção verificou-se aumento na capacidade funcional avaliada pelo SPPB total (p < 0,001) e em todos os seus componentes, teste de equilíbrio (p = 0,02), teste de sentar e levantar (p < 0,001), teste de marcha (p = 0,02), além disso um aumento no score total de 1,25 ponto que é considerado clinicamente relevante. Conclusões: os resultados sugerem que um protocolo de intervenção composto por cinco sessões de exercícios multicomponentes promove efeitos positivos na capacidade funcional em indivíduos idosos hospitalizados.