Comparação da densidade e conteúdo mineral ósseo nos membros inferiores entre adolescentes esportistas e não esportistas, estudo transversal: abcd growth study
Por Vinicius de Almeida Correa (Autor), João Victor de Souza Fortaleza (Autor), Jéssica Casarotti (Autor), Vitor Afonso Polidoro (Autor), Amanda Livia Costa Pereira Grillo (Autor), Pedro Henrique Narciso (Autor), Santiago Maillane-vanegas (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A quantidade de acúmulo ósseo durante a infância e adolescência define a saúde óssea na idade adulta. Assim, o conceito de que a osteoporose senil é uma doença pediátrica tornou-se mais forte e aceito. Se faz extremamente importante encorajar a prática de exercício físico nas duas primeiras décadas da vida para potenciar os ganhos em densidade e conteúdo ósseo que vão impactar em idades mais avançadas, por outro lado, aspectos biomecânicos e de impacto osteogênico podem também influenciar todo o processo de ganho em densidade de mineral óssea. Com este fundo, se vê a necessidade de investigar esses aspectos osteogênicos junto com a heterogeneidade das modalidades esportivas. OBJETIVO: Comparar a densidade mineral óssea (DMO) e conteúdo mineral ósseo (CMO) das extremidades inferiores de atletas praticantes e não praticantes (controle). MÉTODOS: Foram incluídos adolescentes de modalidades esportivas (Atletismo, Basquete, Ginastica, Tennis, Judô, Caratê e Kung Fu) de nível competitivo, entre 11 e 18 anos de idade, seguindo como principais critérios de inclusão, não apresentar distúrbios metabólicos ou clínicos que possam influenciar na prática esportiva e não realizar o consumo de medicamentos que influenciem no metabolismo ósseo. Foram analisados parâmetros de conteúdo e densidade mineral óssea e variáveis de ajuste, como maturação biológica, estimada pelo pico de velocidade de crescimento (PVC), além de variáveis descritivas como o sexo do indivíduo. A análise estatística se deu por meio de testes descritivos, comparações e análise de relacionamento de variáveis por meio do software SPSS 29.0. RESULTADOS: Após as análises considerando as covariáveis de ajuste (idade, sexo) dentro do modelo, se evidenciou uma diferença entre os valores de densidade de mineral óssea para os membros inferiores, apresentando uma maior proporção para o grupo de participação esportiva [1,28 g/cm2 (IC95%= 1,27 - 130) vs 1,24g/cm2 (IC95%= 1,18 - 1,22)]. CONCLUSÃO: A participação esportiva se faz essencial durante o processo de crescimento, ajudando a potenciar os ganhos de densidade óssea durante os anos de crescimento nos segmentos inferiores, sendo um fator fundamental na saúde óssea