Comparação da densidade mineral óssea entre nadadores adolescentes praticantes e não praticantes de treinamento resistido: abcd growth study
Por João Victor de Souza Fortaleza (Autor), Vinícius de Almeida Corrêa (Autor), Amanda Lívia Costa Pereira Grillo (Autor), Vitor Afonso Polidoro (Autor), Pedro Henrique Narciso (Autor), Santiago Maillane-Venegas (Autor), Ricardo Ribeiro Agostinete (Autor), Rômulo Araújo Fernandes1 (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A literatura tem mostrado que a participação esportiva traz resultados significantes na formação óssea por conta do impacto mecânico. Porém esta situação não se perpetua quando falamos da natação, esporte em que o impacto mecânico é reduzido devido ao meio líquido em que é realizado, tornandoo não benéfico para a saúde óssea. A literatura não apresenta informações suficientes sobre a efetividade de diferentes modelos de treinamento, realizado fora da água (dry-land), tais como o treinamento resistido complementar, sobre o tecido ósseo dos nadadores. OBJETIVO: Comparar a densidade mineral óssea (DMO) de diferentes segmentos corporais de atletas nadadores praticantes e não praticantes de treinamento resistido complementar. MÉTODOS: Foram incluídos adolescentes nadadores de nível competitivo, entre 10 e 18 anos de idade, seguindo como principais critérios de inclusão, não apresentar distúrbios metabólicos ou clínicos que possam influenciar na prática de exercício físico e não realizar o consumo de medicamentos que influenciem no metabolismo ósseo. Ao todo, foram recrutados 234 adolescentes, sendo, 159 meninos e 75 meninas, que foram divididos em três grupos: Grupo Controle, que não realizava prática regular de esportes organizados nem de treinamento resistido (n= 167); Grupo Natação sem treinamento resistido complementar (n= 46); e Grupo Natação com treinamento resistido complementar (n=21). Foram analisados parâmetros de densidade mineral óssea utilizando a técnica de densitometria óssea de dupla energia (DEXA) utilizando o modelo DPX-NT da marca General Eletrics. Também foram analisadas variáveis de ajuste, como maturação biológica, estimada pelo pico de velocidade de crescimento (PVC) e variáveis descritivas como estatura, massa corporal e sexo do indivíduo. A análise estatística se deu por meio de testes descritivos, comparações e análise de relacionamento de variáveis por meio do software SPSS 24.0 RESULTADOS: Após considerados os fatores de confusão como idade, sexo e maturação somática correlacionados os dados de densidade mineral óssea, a única diferença significativa encontrada foi no segmento dos membros superiores [(DMO= 0.003 (IC95%= 0.772 - 0.829)] e apenas ao comparar o grupo controle [(DMO= 0.761 (IC95%= 0.748 - 0.7730] em relação aos grupos de adolescentes nadadores. CONCLUSÃO: Em uma perspectiva transversal não há relação benéfica para o tecido ósseo acerta do treinamento resistido complementar. Entretanto os achados do estudo criam perspectivas para futuros estudos, principalmente envolvendo delineamento longitudinal e com controle sobre a rotina do treinamento resistido complementar.