Resumo

: A capacidade funcional de idosos está diretamente relacionada com seus níveis de força. Permanecer em atividades sedentárias por prolongados períodos de tempo toma lugar de atividades físicas cotidianas de maior gasto energético e ativação muscular. A inserção de frequentes quebras no comportamento sedentário pode favorecer melhores condições de saúde no processo de envelhecimento. OBJETIVO: Comparar a força de preensão manual de acordo com o nível de quebra de comportamento sedentário em idosos. MÉTODOS: A amostra foi composta por 182 idosos (78 homens e 104 mulheres), com idade entre 60-94 anos, residentes no município de Presidente Prudente-SP, selecionados por processo amostral randomizado. A quebra de comportamento sedentário no lazer foi obtida por questionário que avaliou a frequência auto-relatada de interrupções em atividades sedentárias no lazer, conforme escala de Likert (―nunca‖; ―raramente‖; ―às vezes‖, ―frequentemente‖ e ―sempre‖). A amostra foi dicotomizada entre ―baixa quebra de comportamento sedentário‖ (nunca; raramente e às vezes) e ―elevada quebra de comportamento sedentário‖ (frequentemente e sempre). A força de preensão manual foi avaliada por dinamometria, sendo realizadas duas aferições em cada braço com o indivíduo previamente posicionado e considerado o maior valor entre as quatro medidas. A análise estatística comparou a média da força de preensão manual entre o grupo de baixa quebra de comportamento sedentário e alta quebra de comportamento sedentário por meio do teste t de student. O nível de significância adotado foi de 5% e o software estatístico utilizado foi o SPSS versão 15.0. RESULTADOS: Idosos com baixa quebra de comportamento sedentário apresentaram valor médio de preensão manual de 22,73 (DP = 9,03) kg, enquanto que, em idosos com elevada quebra de comportamento sedentário, a média da força de preensão manual obtida foi de 25,91 (DP = 9,31) kg, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p = 0,015). CONCLUSÃO: A quebra do comportamento sedentário corresponde a um fator modificável de baixo custo e fácil aplicação que aparenta estar relacionada com melhores níveis de força e consequentemente de capacidade funcional de idosos.

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