Comparação da gravidade dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre estudantes universitários do primeiro ano do Curso de Educação Física, por sexo e turno de estudo
Por Giulia Signori Lonardoni (Autor), Milena Chefer Pretz (Autor), Marcelo Romanzini (Autor), Enio Ricardo Vaz Ronque (Autor), Catiana Leila Possamai Romanzini (Autor), João Lucas Marques Ramos (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A fase universitária é marcada por muitas mudanças físicas, biológicas, psicológicas e sociais. Sendo assim, compreender a respeito da gravidade de sintomas relacionados à saúde mental em jovens universitários tem sido um desafio de saúde pública. Objetivo: Comparar a gravidade dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre estudantes universitários do primeiro ano do Curso de Educação Física, por sexo e turno de estudo. Métodos: Participaram 128 estudantes do primeiro ano do Curso de Educação Física de uma Universidade Pública Estadual do Paraná, de ambos os turnos de estudo (67 do matutino e 61 do noturno), com mediana de idade 20,0±3,6 anos. As coletas foram realizadas no ano de 2024, por meio do questionário Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Para as análises, considerou-se os níveis de gravidade de cada sintoma como: normal, leve, moderado, severo e extremamente severo. Foi utilizada a estatística descritiva e para as comparações entre o sexo e turno o teste qui-quadrado foi empregado. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Na comparação entre o sexo feminino vs. masculino, o sintoma depressão com maior percentual foi "extremamente severa" (30,0 vs. 15,9; p=0,007), assim como o sintoma ansiedade (50,0 vs. 17,0; p<0,000). O sintoma estresse, apresentou maior percentual "severo" (32,5 vs. 9,1; p<0,000). Na comparação entre os turnos de estudo noturno vs. matutino, o sintoma depressão com maior percentual foi "extremamente severo" (27,9 vs. 13,4; p=0,005), assim como o sintoma ansiedade (34,4 vs. 20,9; p=0,011). O sintoma estresse, apresentou maior percentual "normal" (31,1 vs. 49,3; p=0,070). Conclusão: Conclui-se que os sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram mais graves e com maior frequência para estudantes do sexo feminino, sendo a ansiedade o mais destacado. Os sintomas de depressão e ansiedade foram mais graves para os estudantes do noturno, sendo também a ansiedade com maior ocorrência.