Comparação da Modulação Autonômica Cardíaca Durante Esforço de Fumantes e Não Fumantes
Por Larissa Aimeê Assunção Alves (Autor), Juliana Braga de Oliveira (Autor), Rafael Leite Alves (Autor), Pedro Henrique Scheidt Figueiredo (Autor), Marco Fabrício Dias Peixoto (Autor), Márcia Maria Olivei (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 6, 2015. 5 Páginas.
Resumo
Introdução: O tabagismo é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Indivíduos fumantes têm risco aumentado de desenvolver disfunção autonômica, a qual pode ser avaliada tanto pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC) como pela frequência cardíaca de recuperação (FCRec). A maioria dos estudos envolvendo esta análise é realizada em adultos de idade avançada e na condição de repouso. Objetivos: Comparar a atividade autonômica cardíaca em repouso e esforço, em homens jovens, fumantes e não fumantes. Métodos: Trinta e dois jovens voluntários, (idade 22,0 ± 2,8 anos) foram distribuídos em dois grupos: o grupo fumante (GF; n=15) e o não fumante (GNF; n=17). Realizou-se o teste de Cooper, com análise da VFC pelo cardiofrequencímetro Polar ®s810i, em repouso e durante o esforço e FCRec. Resultados: No GF, 73% foram classificados com nível de dependência nicotínica “muito baixa” segundo questionário de Fargeström. A classificação de ativos e muito ativos pelo questionário IPAQ correspondeu a mais de 50% da amostra em ambos os grupos. Não se observou diferenças significativas entre os grupos na VFC, tanto no repouso quanto no esforço. Entretanto, em cada grupo, notou-se diferença na maioria dos índices de VFC do repouso para o esforço. No teste de Cooper não foram observadas diferenças significativas na FCmédia, FCpico e de FCRec entre os grupos, mas notou-se uma melhor capacidade funcional no GNF pela distância caminhada (2050,2 ± 300,0 vs. 1780,3 ± 390,4 m, p=0,036). Conclusão: O GF apresentou menor capacidade funcional e ativação parassimpática durante o esforço, além de menores índices de VFC durante repouso, o que pode sugerir um comprometimento precoce na modulação autonômica cardíaca