Resumo

INTRODUÇÃO: Embora se saiba que o exercício promova hipotensão pós-exercício, a manipulação dos componentes da carga de treino (intensidade, duração, intervalos de descanso, modo de execução, métodos de treinamento) pode alterar a magnitude e duração da resposta hipotensora. OBJETIVO: Comparar a resposta da pressão arterial durante a recuperação após a sessão de treinamento de força tradicional (TT) e High-Intensity Interval Resistance Training (HIRT) em praticantes normotensos. Além disso, analisar o comportamento da pressão arterial durante a recuperação em relação ao repouso. METODOLOGIA: Participaram do estudo 8 indivíduos do sexo masculino normotensos e treinados (23,8 ± 5,1 anos; 82,1 ± 13,2 kg; 1,74 ± 0,04 cm). Os voluntários compareceram ao laboratório durante 4 dias para a realização de teste de carga para repetições máximas respeitando um intervalo de 48 horas. Os voluntários participaram de duas sessões de exercício resistido: tradicional (TT) e HIRT. O TT foi composto de 8 exercícios com intervalos de 2 minutos e o HIRT foi composto de 3 exercícios com um total de 6 RM com pausas de 30 segundos e descanso de 2 minutos e 30 segundos. Após cada sessão os voluntários permaneceram sentados por 60 minutos num ambiente calmo e temperatura entre 20 a 22 °C e umidade relativa do ar cerca de 60%. Durante esse período foi medida a pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) a cada dez minutos através do método auscultatório com esfigmomanômetro aneroide (Solidor), com manguito ajustado a circunferência do braço, reservando os cuidados descritos pelas normas dispostas na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. A pressão arterial foi aferida antes, imediatamente após a sessão e durante 60 minutos de 10 em 10 minutos após o término. Para verificar diferenças significativas (p< 0,05) entre a PAS e PAD de repouso e as medidas durante a recuperação foi utilizado análise de variância para medida repetida seguida do teste post hoc de Tukey. Foi utilizado teste T de Student independente para verificar diferença da PA a cada intervalo de dez minutos durante a recuperação entre os TT e HIRT. RESULTADOS: Não foi observada diferença significativa na PAS e PAD de recuperação em relação ao repouso, assim como na comparação entre os tempos de recuperação entre TT e HIRT. CONCLUSÃO: Não foi observada diferença significativa na PAS e PAD de recuperação em relação ao repouso e na comparação entre os tempos de monitorização no TT e no HIRT.

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