Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar as respostas fisiológicas e perceptuais entre os sexos durante a caminhada na esteira em ritmo autosselecionado. Participaram 17 homens e 17 mulheres, fisicamente ativos, com média de idade de 23,32 ± 3,06 anos, submetidos a duas sessões experimentais: (I) avaliação antropométrica e teste incremental máximo, e (II) um teste de 20 minutos de caminhada na esteira em ritmo autosselecionado. Para a análise estatística, empregou-se teste t de Student para medidas independentes no intuito de verificar as possíveis diferenças entre os sexos, adotando p < 0,05. A velocidade de caminhada autosselecionada pela amostra masculina foi superior à verificada na feminina (1,65 ± 0,18 e 1,50 ± 0,12m·seg-1, respectivamente) o que consequentemente resultou em maior  O2 absoluto nos homens comparado às mulheres (21,2 ± 5,5 e 18,3 ± 2,7, respectivamente). No entanto, ambos os sexos buscaram caminhar em mesma intensidade relativa %  O2máx, (37,5 ± 10,7 homens e 40,3 ± 7,2 mulheres). Em relação à percepção subjetiva de esforço (PSE), podemos verificar que ambos os sexos não demonstraram diferenças significativas (10,2 ± 1,0 homens e 9,8 ± 1,2 mulheres). Os achados do presente estudo demonstram que, independente do sexo, jovens adultos fisicamente ativos autosselecionaram similar intensidade relativa que refletiu em similar PSE. Além disso, a caminhada em intensidade autosselecionada demonstra-se como estímulo insuficiente para proporcionar melhora no condicionamento cardiorrespiratório nesta população.

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