Resumo

A corrida e o ciclismo realizados com uma mesma duração e intensidade podem apresentar diferentes respostas biomecânicas e metabólicas durante um protocolo de fadiga devido à sobrecarga mecânica e à especifi cidade técnica de cada modalidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da fadiga proveniente de uma corrida de 10 km, precedida por ciclismo ou corrida, no padrão de passada e no sinal eletromiográfi co (EMG). Nove triatletas do sexo masculino com tempo de prática superior a dois anos participaram do estudo. Os testes foram realizados em duas etapas: corrida do "triathlon" (40 km de ciclismo seguidos de 10 km de corrida) e corrida prolongada (corrida com duração igual ao tempo que o atleta levou para percorrer os 40 km de ciclismo, seguidos de mais 10 km de corrida). Uma análise cinemática (frequência e amplitude de passada) e eletromiográfi ca correspondentes às 10 passadas registradas no 5° km de cada corrida foi realizada. As curvas de EMG foram retifi cadas e fi ltradas para cálculo das curvas de RMS. A partir da média das curvas de EMG foram obtidos os valores de pico de RMS para os músculos reto femoral, vasto lateral e bíceps femoral. Maiores valores de frequência de passada e do sinal EMG do músculo bíceps femoral foram obtidos na corrida prolongada quando comparada com a corrida do "triathlon". Esses resultados parecem estar relacionados a maior fadiga proveniente da corrida prolongada devido às maiores exigências mecânicas.

PALAVRAS-CHAVE: Corrida; "Triathlon"; Fadiga; Eletromiografia; Cinemática. 

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