Comparação de Depressão, Memória de Curto Prazo e Habilidade Visuoespacial em Idosas Sedentárias e Praticantes de Treinamento Resistido
Por Aline Caporossi (Autor), Jonatha Flávio Souza Lemos (Autor), Waléria Christiane Rezende Fett (Autor), Luiz Fabrizio Stoppiglia (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O processo de envelhecimento gera mudanças que afetam o meio psíquico, social e físico influenciando negativamente a qualidade de vida, saúde e independência do idoso. Com grande prevalência na terceira idade, a depressão é um transtorno de humor envolvendo tristeza, alterações de peso, fadiga, prejuízo cognitivo e dificuldades de memória e atenção. Sabe-se que o exercício físico gera benefícios nos âmbitos motores, psicológicos e sociais, principalmente para a população idosa. Por outro lado, idosos sedentários estão mais suscetíveis aos prejuízos do envelhecimento, uma vez que não praticam nenhum tipo de exercício físico. Objetivo: Comparar os níveis de depressão, memória de curto prazo e habilidade visuoespacial entre idosas sedentárias e praticantes de treinamento resistido. Materiais e Métodos: Participaram deste estudo 40 idosas, que foram divididas em 2 grupos: Treinamento Resistido (TR) (n=20; idade média 65,7±6) e Sedentárias (SD) (n=20; idade média 72±6). Para participação no estudo, as voluntárias deveriam estar praticando TR ou estar SD por um período mínimo de 3 meses. Os instrumentos de coleta utilizados foram: Escala Geriátrica de Depressão, para avaliação do nível de depressão; Teste dos Polígonos, para avaliação da habilidade visuoespacial e; Teste de Rotação, para avaliação da memória de curto prazo. Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre TR e SD apenas nos níveis de depressão (p=0,003) e memória (p=0,009). Não houve diferença na atenção entre os grupos (p=0,482). A diferença nos níveis de depressão pode estar associada ao diferente nível de convívio social do grupo TR e SD, uma vez que praticantes de exercício físico estão sempre em contato social, além dos efeitos bioquímicos hormonais positivos decorrentes do exercício. A memória pode estar associada às instruções dadas aos idosos dentro da sala de musculação, tendo em vista que os voluntários foram estimulados a memorizar a sequência de exercícios e a função de cada aparelho. Acredita-se que não foi encontrada diferença nos níveis de habilidade visuoespacial, uma vez que não são necessárias atividades mentais complexas durante a pratica de treinamento resistido. Conclusão: Idosas praticantes de treinamento resistido apresentam menores níveis de depressão e maiores níveis de memória de curto prazo quando comparadas a idosas sedentárias. Não há diferença na habilidade visuoespacial entre idosas praticantes de treinamento resistido e sedentárias.