Resumo

Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônico-degenerativa que afeta o sistema nervoso central reduzindo movimentos corporais e a força muscular nos indivíduos com a doença. O envelhecimento é um processo natural do ser humano onde acontece diminuição das capacidades físicas, dentre elas, a força muscular. A hipertensão e a diabetes tipo 2, quando associadas ao envelhecimento e ao sedentarismo, são fatores de comorbidade que interferem no desempenho físico e motor de idosos. Sabe-se que tanto o envelhecimento saudável quanto a esclerose múltipla causam alterações neurodegenerativas e comprometem as capacidades motoras e físicas. Objetivo: Comparar a força máxima de idosos hipertensos e diabéticos com a força máxima de adultos jovens com esclerose múltipla. Materiais e Métodos: Participaram deste estudo 14 idosos sedentários (idade média 65 ± 5,05) com diabetes e hipertensão, sendo 11 mulheres e 3 homens (Grupo ID); e 19 adultos jovens sedentários (idade média 34 ± 11,25) sendo 14 mulheres e 5 homens com esclerose múltipla (Grupo EM) atingindo escore menor que 6,0 na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). Para análise da força máxima, foi utilizada a dinamometria de membros inferiores e lombar (DMIL) e dinamometria escapular (DE). Foi utilizada a média de três tentativas para cada teste. Resultados: Houve diferença significativa de idade entre os grupos (p<0,001). Os dados não apresentaram diferença significativa entre os grupos nos testes DMIL (p=0,113) e DE (p=0,724). Conclusão: Nossos dados sugerem que, mesmo sendo adultos jovens, a EM prejudica os níveis de força máxima, podendo igualar o seu desempenho nos testes com o desempenho de um indivíduo idoso com hipertensão e diabetes. Ressalta-se assim a importância da prática de exercício físico, mais especificamente treinamento de força, tanto na terceira idade, quanto para pessoas com EM.

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