Resumo

O sobrepeso e a obesidade são universalmente avaliados por meio do índice de massa corporal (IMC) que, possui várias sugestões de pontos de corte para classificação dos jovens com peso normal ou excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). OBJETIVO: Estimar a prevalência e os fatores sociodemográficos associados ao sobrepeso e obesidade em adolescentes de uma cidade do Sul do Brasil conforme três critérios de classificação do excesso de peso (Conde e Monteiro - Brasil, International Obesity Task Force – IOTF; e Word Health Organization - WHO). MÉTODOS: Esse estudo usou o banco de dados do projeto Guia Brasileiro de Avaliação da Aptidão Física Relacionada à Saúde e Hábitos de Vida que contou com a participação de 1.132 adolescentes (14-19 anos), estudantes do ensino médio da cidade de São José, Santa Catarina, Brasil. A variável dependente foi o IMC classificado conforme os três diferentes critérios. As variáveis independentes foram o sexo, a idade, o nível econômico e a maturação sexual. Empregou-se a análise de regressão logística multinomial para estimativa de odds ratio e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso (sobrepeso + obesidade) foi de 23,1%, 23,7% e 19,2% de acordo com os pontos de corte da OMS, Conde e Monteiro e IOTF, respectivamente. Para a classificação do IMC proposto pela OMS, aqueles adolescentes que estavam na faixa etária de 17 a 19 anos apresentaram maiores chances de terem sobrepeso. Além disso, os adolescentes que estavam no estágio maturacional pós-púbere apresentaram menores chances de terem sobrepeso e obesidade. Na classificação do IMC proposto por Conde e Monteiro, aqueles adolescentes na faixa etária de 17 a 19 anos tinham mais chances de ter sobrepeso. Os adolescentes que estavam no estágio maturacional pós-púbere estavam menos propícios a apresentar sobrepeso e obesidade. Para o IMC com pontos de corte estabelecido pela IOTF, os adolescentes no estágio maturacional pós-púbere apresentaram menores chances de ter obesidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que os três critérios de classificação de IMC investigados resultam em prevalências distintas, sendo os critérios da OMS e de Conde e Monteiro mais aproximados em termos de prevalência e de fatores correlatos em comparação aos critérios da IOTF.

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