Resumo

Introdução: A impedância bioelétrica (BIA) tem sido bastante utilizada para o monitoramento da composição corporal em indivíduos de diferentes idades e estados nutricionais. Entretanto, não se sabe qual das equações propostas para crianças e adolescentes é a mais recomendada para utilização em adolescentes com excesso de peso. Objetivo: Verificar a concordância dos métodos de BIA usando três equações diferentes com a absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA), para análise da composição corporal de adolescentes com sobrepeso e obesidade. Métodos: Participaram do estudo 27 adolescentes do sexo feminino, com sobrepeso e obesidade. Foram avaliados o percentual de gordura corporal (%GC), a massa gorda (MG) e a massa livre de gordura (MLG) por DXA e por BIA utilizando as equações propostas por Houtkooper, Schaefer e Deurenberg. ANOVA oneway, gráficos de Bland-Altman e o coeficiente de correlação intraclasse foram utilizados para comparação e verificação da concordância entre os métodos. Resultados: A BIA utilizando a equação proposta por Houtkooper foi a única que não apresentou diferença estatística significativa na estimativa de %GC, MG e MLG em comparação ao DXA e apresentou boa concordância com o DXA na estimativa de %GC (-1,9 ± 3,29%), MG (1,5 ± 2,59 kg) e MLG (1,4 ± 2,60 kg), bem como boa reprodutibilidade para %GC (CCI = 0,81), MG (0,96) e MLG (0,89). As equações de Schaefer e de Deurenberg apresentaram menor concordância com o DXA, superestimando a MG e subestimando a MLG e apresentaram reprodutibilidade de moderada a baixa na maioria das medidas da composição corporal. Conclusão: Quando comparamos as três equações propostas para BIA com o DXA, verificamos que a equação proposta por Houtkooper foi a que melhor concordou com DXA e apresentou boa reprodutibilidade para estimar %GC, MG e MLG em adolescentes com sobrepeso e obesidade.
 

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