COMPARAÇÃO DE VARIÁVEIS CINEMÁTICAS ENTRE AS POSIÇÕES DE COUPÉ E PASSÉ DURANTE O GIRO NO EIXO DE UMA BAILARINA PROFISSIONAL DE ZOUK BRASILEIRO
Por Ana Carolina Navarro (Autor), Ana Paula Xavier (Autor), Carla Patricia Guimarães (Autor), Luciano Luporini Menegaldo (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: embora o Giro no Eixo seja amplamente utilizado em competições de Zouk Brasileiro e Salsa, o conhecimento sobre este movimento é empírico. Em decorrência disso, pouco se conhece sobre os ajustes que a bailarina realiza em seu movimento para a manutenção deste. OBJETIVO: comparar o deslocamento no eixo vertical do centro articular da mão, do cotovelo e do marcador da tuberosidade da tíbia entre as posições de coupé e passé, associando-as à amplitude articular do cotovelo direito e do joelho esquerdo. MATERIAIS E MÉTODOS: uma bailarina profissional de Zouk Brasileiro (32 anos; 1,65 m; 56,4 kg) foi instrumentada com 57 marcadores reflexivos, de acordo com o marker set Biomech. Acompanhada por seu parceiro de dança, foi realizado o movimento nas posições de coupé e passé. O membro inferior esquerdo da bailarina foi usado como suporte. Em ambas as posições, o pescoço dela se manteve rotacionado em direção ao ombro esquerdo e levemente flexionado. O giro foi impulsionado pelo bailarino no sentido anti-horário através do braço direito da bailarina e não houve controle sobre o número de voltas ou velocidade. Os movimentos foram gravados por 18 cãmeras (Prime 13, 240 Hz), utilizando o sistema OptiTrack e o software Motive. Os dados foram processados no software Visual 3D (versão 5.02.11). Para análise, foi selecionado um movimento de Giro no Eixo, composto por cinco voltas completas (1.800°) realizadas em sequência. A amplitude das 5 voltas foi calculada para cada variável. RESULTADOS: a média de deslocamento no eixo vertical do marcador localizado na tíbia esquerda foi de 0,02 m e 0,03 m enquanto a variação da amplitude articular na articulação do joelho foi de 23,55° e 2,61° para as posições de coupé e passé, respectivamente. O centro articular da mão direita variou 0,10 m e 0,09 m enquanto o centro articular do cotovelo variou 0,17 m e 0,14 m para as posições coupé e passé. A amplitude da articulação do cotovelo direito foi de 11,51° na posição de coupé e 6,51° em passé (TABELAI). CONCLUSÕES: os resultados sugerem que os ajustes realizados pela bailarina na fase de manutenção do movimento ocorrem de forma mais acentuada no membro superior e na posição de coupé, demonstrando que a bailarina apresenta estratégias diferentes para os membros inferiores e superiores na realização dos giros. Sugere-se a replicação deste piloto com um número maior de participantes para que os resultados possam auxiliar no treinamento dos bailarinos.