Comparação de Diferentes Formas de Carregar o Bebê: Uma Abordagem Biomecânica
Por Analicia Rodrigues dos Santos Nunes (Autor), Fabiana ávila Cavalcante (Autor), Rodrigo Flores Goulart (Autor), Felipe Ribeiro Cabral Fagundes (Autor), Eduardo Heidi Ozaki (Autor), César Ferreira Amorim (Autor), Renato José Soares (Autor).
Em Revista Brasileira de Biomecânica v. 20, n 11, 2010. Da página 9 a 14
Resumo
Mulheres durante o puerpério estão freqüentemente susceptíveis a desconfortos na coluna vertebral, sendo vários os fatores que levam ao aparecimento deste quadro. A forma de carregar o bebê pode ser uma das causas de alterações álgicas. O presente trabalho teve como escopo investigar a atividade elétrica de músculos da coluna vertebral durante a marcha, na simulação de carregar o bebê. Foram selecionadas 15 voluntárias (24,2 ± 2,62 anos; 53,7± 7,63 kg; 1,63m ± 0,06m), as quais foram instruídas a realizar a marcha em velocidade auto-selecionada ao carregar o bebê em diferentes formas: 1) com o bebê na posição vertical; 2) com o bebê deitado no colo; 3) com o bebê no suporte tipo “canguru”. Foram avaliadas as características eletromiográficas, durante a passada, dos músculos Multífidos e Trapézio fibras superiores, bilateralmente. Os dados foram submetidos ao teste de Wilcoxon (p0,05). Os resultados demonstraram diferenças estatísticas no músculo trapézio superior no carregamento do bebê deitado e sentado, não existindo diferenças significativas no andar sem o bebê e no carregamento com o suporte tipo canguru. Destacam-se também diferenças estatísticas para o músculo multífidos do lado contralateral a perna de apoio durante o carregar o bebê deitado. Desta forma, conclui-se que o suporte tipo canguru gera menores desequilíbrios entre os músculos investigados.