Comparação de Diferentes índices Obtidos em Testes de Campo Para Predição da Performance Aeróbia de Curta Duração no Ciclismo
Por Fabrizio Caputo (Autor), Ricardo Dantas de Lucas (Autor), Estavam Mancini (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 9, n 4, 2001. Da página 13 a 17
Resumo
O objetivo deste estudo foi relacionar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), as velocidades correspondentes ao VO2max (IVO2max) e a concentração fixa de 3,5 mM de lactato (OBLA), determinados em um teste de campo, com a performance aeróbia em provas de curta duração no ciclismo. Dez ciclistas competitivos realizaram, em dias distintos, os seguintes testes em um velódromo oficial (333,3m): 1), 3 tiros máximos nas distâncias de 2, 4 e 6 km, realizados aleatoriamente e com recuperação de 40 a 50 min entre cada distância. 2) teste intermitente e progressivo, com estágios de 2333m e incrementos de 1,5 km/h a cada estágio, com pausa de 30 seg para a coleta de 25µl de sangue para dosagem do lactato sangüíneo. A intensidade correspondente a 3,5 mM foi considerada, o OBLA. O VO2max foi determinado a partir da fórmula de di Prampero et al. (1979), utilizando como referência a maior velocidade, mantida por, pelo menos, 2 min. As velocidades médias dos tiros de 2, 4 e 6 km foram 40,3 + 2,5, 39,1 + 2,5 e 38,3 + 2,4 km/h, respectivamente. As velocidades médias da IVO2max e do OBLA foram 40,1 + 2,1 e 35,4 + 2,5 km/h, respectivamente. As correlações entre a velocidade dos 2, 4 e 6 km com o VO2max (r= 0,93, r = 0,93 e r = 0,90), IVO2max (r= 0,95, r = 0,98 e r = 0,96) e OBLA (r= 0,83, r = 0,92 e r = 0,94), respectivamente, foram significantes. Pode-se concluir que a IVO2max, determinada em teste de campo, pode apresentar maior validade do que o OBLA e o VO2max, para predizer a performance em provas de curta duração no ciclismo. PALAVRAS-CHAVE: ciclismo; consumo máximo de oxigênio; lactato; performance.