Resumo

O objetivo deste estudo foi relacionar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), as velocidades correspondentes ao VO2max (IVO2max) e a concentração fixa de 3,5 mM de lactato (OBLA), determinados em um teste de campo, com a performance aeróbia em provas de curta duração no ciclismo. Dez ciclistas competitivos realizaram, em dias distintos, os seguintes testes em um velódromo oficial (333,3m): 1), 3 tiros máximos nas distâncias de 2, 4 e 6 km, realizados aleatoriamente e com recuperação de 40 a 50 min entre cada distância. 2) teste intermitente e progressivo, com estágios de 2333m e incrementos de 1,5 km/h a cada estágio, com pausa de 30 seg para a coleta de 25µl de sangue para dosagem do lactato sangüíneo. A intensidade correspondente a 3,5 mM foi considerada, o OBLA. O VO2max foi determinado a partir da fórmula de di Prampero et al. (1979), utilizando como referência a maior velocidade, mantida por, pelo menos, 2 min. As velocidades médias dos tiros de 2, 4 e 6 km foram 40,3 + 2,5, 39,1 + 2,5 e 38,3 + 2,4 km/h, respectivamente. As velocidades médias da IVO2max e do OBLA foram 40,1 + 2,1 e 35,4 + 2,5 km/h, respectivamente. As correlações entre a velocidade dos 2, 4 e 6 km com o VO2max (r= 0,93, r = 0,93 e r = 0,90), IVO2max (r= 0,95, r = 0,98 e r = 0,96) e OBLA (r= 0,83, r = 0,92 e r = 0,94), respectivamente, foram significantes. Pode-se concluir que a IVO2max, determinada em teste de campo, pode apresentar maior validade do que o OBLA e o VO2max, para predizer a performance em provas de curta duração no ciclismo. PALAVRAS-CHAVE: ciclismo; consumo máximo de oxigênio; lactato; performance.