Comparação do Conceito de Educação Física Para Alunos Surdos e Ouvintes de Duas Escolas Públicas do Rio de Janeiro
Por Leonardo Carmo Santos (Autor), Tanya Amara Felipe de Souza (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O presente estudo é pré-requisito para a conclusão do curso de especialização em educação de surdos do Departamento de Ensino Superior do Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro, Brasil. A investigação tem a intenção de analisar o conceito que alunos surdos e ouvintes, de escolas públicas cariocas, construíram a respeito da disciplina educação física ao finalizarem a educação básica. Para tal, a metodologia adotada tem abordagem qualitativa, entrevistando estudantes do último ano da educação básica. Compoem a amostra doze alunos surdos, maiores de dezoito anos, estudantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro, e; dez alunos ouvintes, maiores de dezoito anos, alunos de uma escola estadual do subúrbio carioca. É feita a pergunta para ambos os grupos: “O que é educação física?”. Ouvintes respondem com uma redação e surdos em Língua Brasileira de Sinais. As respostas dos surdos são traduzidas por intérpretes em tempo real e transcritas após. A necessidade de analisar de duas formas ocorre porque, no Brasil, surdos têm como primeira língua a Língua Brasileira de Sinais, reconhecida na Lei 10.436, de 24 de Abril de 2002, e os ouvintes, o português. Assim, cada grupo pode se expressar mais confortavelmente em sua língua principal. Além disso, para os surdos, também foram abordadas as instituições pregressas, com intenção de saber se estes estudaram em escolas regulares e sofreram outras influências. Os resultados preliminares indicam uma concepção de educação física predominantemente esportivista e voltada para a manutenção/melhora da saúde/aptidão física.