Comparação do desempenho da pressão arterial e da percepção subjetiva de esforço durante exercícios resistidos entre duas faixas etárias de mulheres
Por Heriberto Colombo (Autor), Daniela Carraro (Autor), Marco Antonio Cabral Ferreira (Autor), Arli Ramos de Oliveira (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Conforme a idade vai avançando, ocorrem modificações fisiológicas que provocam maiores níveis de esforço em determinada carga de trabalho. Fato importante, pois a busca da intensidade ideal de treinamento pode auxiliar os profissionais a prescreverem programas mais agradáveis à percepção do indivíduo, consequentemente aumentando sua aderência. OBJETIVO: Comparar o desempenho da pressão arterial e da percepção subjetiva do esforço durante exercícios resistidos entre duas faixas etárias de mulheres. MÉTODOS: Foram selecionadas 14 mulheres (30-60 anos), aparentemente sadias e assintomáticas, praticantes de exercícios resistidos por no mínimo seis meses; divididas em: grupo 1 (30-40 anos; n = 7) e grupo 2 (41-60 anos; n = 7), as quais realizaram duas sessões de testes com intervalo de 48 horas entre si. Na primeira sessão foram administradas aferições da estatura, massa corporal, dobras cutâneas e teste de carga máxima (1- RM). Na segunda sessão foram submetidas à realização de três séries de 10 repetições a 75% de 1- RM nos exercícios rosca direta e extensora de pernas, com 60‖ de pausa entre as séries e um 1‘30‖ entre os exercícios, sendo mensurada a pressão arterial e percepção subjetiva do esforço (OMNIRES) após a realização de cada série. Na análise estatística o teste de Mann-Whitney foi utilizado para verificar diferenças entre os grupos; e foi assumido um p < 0,05. RESULTADOS: Na rosca direta ocorreram diferenças significativas na pressão arterial sistólica na terceira série entre o grupo 1 (100,42 ± 39,72 mmHg) e o grupo 2 (131,42 ± 13,45 mmHg) (p = 0,02). Na extensão de pernas ocorreram diferenças significativas na pressão arterial sistólica na primeira série entre o grupo 1 (118,57 ± 8,99 mmHg) e o grupo 2 (137,14 ± 19,76 mmHg) (p = 0,05), na segunda série entre o grupo 1 (118,57 ± 10,69 mmHg) e o grupo 2 (138,57 ± 17,72 mmHg) (p = 0,01), na terceira série entre o grupo 1 (117,14 ± 9,51 mmHg) e o grupo 2 (135,71 ± 15,11 mmHg) (p = 0,01). Na pressão arterial diastólica e percepção subjetiva do esforço não ocorreram diferenças significativas entre os grupos. CONCLUSÃO: Ocorreram diferenças significativas na pressão arterial sistólica entre os grupos na rosca direta e na extensora de pernas, com o grupo 2 (41-60 anos) alcançando os maiores resultados. Demonstrando que o aumento da idade parece ter influenciado nas diferenças entre os grupos na pressão arterial sistólica, no entanto, o mesmo não ocorreu nas outras variáveis analisadas.