Resumo


O desempenho no salto vertical (SV) pode ser crucial para definir uma partida em distintas modalidades esportivas, tal como basquete e handebol, as quais são dependentes de SV tanto em situações ofensivas quanto defensivas. Desta maneira, buscar técnicas que visem aprimorar o desempenho nos SV se faz essencial, como, por exemplo, em qual amplitude da flexão dos joelhos há uma otimização no desempenho, devido a fatores como relação comprimento-tensão e utilização dos componentes elásticos. O objetivo desse estudo foi comparar o desempenho no salto com contra movimento (SCM) em três diferentes angulações de joelhos (100º, 90º e 80º). Participaram da pesquisa 14 mulheres praticantes de basquetebol e/ou handebol. Para obtenção dos dados foi utilizado o teste de SCM, proposto por Bosco (1983). As angulações foram ajustadas com o auxílio de um goniômetro manual e um controlador de amplitudes, assim, limitando a fase descendente que antecede o salto. Foram executados 3 saltos válidos para cada condição, de forma não randomizada. A normalidade dos dados foi analisada através do teste de Shapiro-Wilk e a esfericidade pelo teste de Levene. Posteriormente, as comparações foram realizadas através do ANOVA one-way com post-hoc de Sidak, adotando o nível de significância de 5%. Foram observados melhores desempenhos na altura do salto e potência nas condições SCM 80º (altura=24,98±5,25; potência=1497,82±239,70) e SCM 90º (altura=24,10±4,49; potência=1474,76±236,67) quando comparados ao SCM 100º (altura=23,30±4,55; potência=1449,57±238,06). Enquanto as condições SCM 80º e SCM 90º não apresentaram diferenças entre si. Em conclusão, treinadores e preparadores físicos podem buscar alternativas para aperfeiçoar a mecânica de salto, no intuito de tornar o movimento mais explosivo (rápido) e aproximar a fase excêntrica de amplitudes próximas aos 90º.
 

Acessar