Resumo


O ensino em tempo integral vem sendo implantado gradativamente nas escolas públicas brasileiras nas últimas décadas. O objetivo deste estudo foi comparar o desempenho motor de crianças matriculadas em escolas públicas de tempo parcial e integral. Foram avaliadas 159 crianças, com idades entre 7 e 8 anos, sendo 75 (47,2%) do sexo feminino e 84 (52,8%) do sexo masculino, das quais 77 (48,4%) estavam matriculadas no ensino parcial e 82 (51,6%) no ensino integral, todas no 3º. ano do ensino fundamental de quatro escolas públicas municipais na cidade de Maringá-PR. O Test of Gross Motor Development-2 (TGMD-2) foi utilizado como instrumento de medida para avaliar o desempenho motor das crianças. Para análise dos dados quantitativos foi utilizada estatística descritiva, o teste de normalidade Kolgomorov-Smirnov, e o Teste U de Mann Whitney para as comparações das variáveis de desempenho motor. Adotou-se nível de significância de P<0,05. Evidenciou-se que a maioria das crianças avaliadas demonstrou um nível de desenvolvimento motor abaixo da média referenciada para a idade. Não houve diferença no desempenho motor quando comparadas crianças de escolas públicas de tempo parcial e integral, tampouco houve diferença entre os sexos. Desta forma, concluiu-se que o turno escolar extra e suas atividades complementares não exerceram influência capaz de favorecer o desenvolvimento motor das crianças matriculadas em escolas públicas de tempo integral. Ou ainda, indicando que o contexto escolar não é exclusivamente determinante para o desenvolvimento motor das crianças, haja vista que elas estão inseridas também em outros contextos extraescolar.
 

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